Por não haver a correta transição de governo, a atual gestão municipal iniciou o mandato enfrentando verdadeiros obstáculos no tocante ao diagnóstico das diversas áreas da Prefeitura, sobretudo na parte fiscal do Município.
Em um pronunciamento, nesta semana, a prefeita Tânia Yoshida (PSD) revelou que muitas medidas precisarão ser adotadas, mas com validade apenas para o próximo ano, o que traz preocupação.
“Achei que estava tudo ok, mas me deparei com situações em que eu não acreditei. O código tributário está totalmente desatualizado. Vamos atualizar, mas sabemos que a atualização só vai valer para o próximo ano, pois vai passar pela Câmara”, explicou.
O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), por exemplo, é uma das principais ferramentas de política urbana, haja visto que norteia a ação dos agentes públicos e privados. Para surpresa da administração municipal, não há sequer a informação sobre a quantidade de ruas, o que impacta no desenvolvimento de ações.
“Sobre o plano diretor, nós não sabemos nem a quantidade de ruas que têm no município. Nada. Porque não tem um plano diretor. A lei de ocupação do solo a gente só pode fazer após o plano diretor. Então estamos começando do zero”, revelou Tânia Yoshida.
O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), que se configura como uma das principais fontes de arrecadação financeira do Município, também revela graves problemas, sobretudo no que diz respeito à quantidade de habitantes que pagam o imposto.
“Estamos trabalhando com um tributarista, porque a cidade, na verdade, está um caos. Para vocês terem ideia, são 12 mil imóveis. Sabe quantas pessoas pagam IPTU? Só 3000. E tenho certeza que são as pessoas mais simples. Temos em média 1700 empresas, uma boa parte nem tirava o alvará”, concluiu a prefeita.
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