Educação

Campanha internacional do desarmamento infantil visa sanar ataques em escolas

Jogos online e violentos, também podem influenciar no psicológico das crianças e dos jovens.

desarmamento infantil_ OAB Paraná
Foto: OAB/ Paraná

Neste sábado, dia 15 de abril, é celebrado o Dia Internacional do Desarmamento Infantil, que tem como principal objetivo debater as consequências que os incentivos ao uso de armas de fogo por crianças podem provocar na vida deste futuros adultos.

Nas últimas semanas, muito se tem discutido sobre a utilização de armamentos, seja por crianças ou jovens em ataques às escolas em todo o Brasil.

Mariana Rodrigues_ Presidente da comissão de direitos humanos da OAB feira_ Ed Santos Acorda Cidade
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Em entrevista ao Acorda Cidade, a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção Feira de Santana, Mariana Rodrigues, informou que a campanha é realizada de forma mundial, e não visa apenas o armamento físico, mas também acesso aos jogos violentos.

“O desarmamento infantil é uma campanha desenvolvida de forma internacional por entidades não governamentais que têm a adesão de vários países, inclusive o próprio Brasil, nesta conscientização para que crianças e adolescentes não tenham contato nem com armas nem simulacros de armas ou até mesmo jogos que incentivem a violência e vídeos da internet”, pontuou.

Segundo Mariana Rodrigues, estes ataques podem estar relacionados a grupos extremistas.

“Conforme o relatório, ‘o extremismo de direita entre adolescentes e jovens no Brasil’, ataques às escolas acontecem com a cooptação de grupos extremistas. Essa atuação acontece muito a partir da própria internet, das redes sociais, e neste sentido é importante colocarmos enquanto redes sociais os próprios jogos online, dos quais este jovem consegue ter interações com pessoas destes grupos relacionados. O próprio Ministério da Justiça tem criado atuações para que exista uma proteção maior da criança e do adolescente no meio das redes e incluindo os jogos. Neste sentido, eu posso citar como exemplo o próprio ‘Fortnite’, que é um jogo muito utilizado por crianças e adolescentes. A Polícia como um todo e o Ministério Público tem monitorado as redes sociais neste sentido para que as crianças e os adolescentes não tenham contato com os grupos, não tenham contato com armas brancas ou armas com munições”, disse.

Ao Acorda Cidade, a presidente destacou que é necessário que mudanças sejam aplicadas no interior das unidades escolares também.

“Infelizmente crianças e adolescentes estão sendo vítimas de ataques nas escolas e isso causa um efeito de temor. A gente tem que ter muito cuidado com a política do medo, que gera um incentivo, um debate, um discurso. O maior policiamento nas escolas, a maior utilização de câmeras, catracas, entre outras coisas podem sim passar uma sensação de segurança, mas para, além disso, a comissão se posiciona favorável à participação de psicólogos e assistentes sociais dentro das escolas como forma de prevenção a essas violências, e principalmente para que seja desenvolvido um ambiente saudável nas escolas, para que os adolescentes e as crianças sejam observados pelas escolas de uma forma realmente acolhedora”, enfatizou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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