O comandante da Atividade Técnica e Perícia do Corpo de Bombeiros da Bahia, coronel Lanusse Araújo, participou na quarta-feira (12) da reunião realizada pela comissão de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) da prefeitura de Feira para tratar sobre as ações de segurança e o planejamento adotado para a Micareta 2023, que acontece de 20 a 23 de abril.
Em entrevista ao Acorda Cidade, ele destacou que o motivo inicial da sua vinda a Feira de Santana foi a expansão do projeto Bahia Segura, que visa iniciar uma série de fiscalizações em todo o interior do estado, e que em Feira de Santana terão início já na próxima semana tendo como foco tanto os estabelecimentos comerciais, como também as estruturas montadas para a Micareta.
“O objetivo do projeto é buscar que as edificações comerciais se regularizem junto ao Corpo de Bombeiros, com relação à parte preventiva, e não obstante teremos também a Micareta de Feira de Santana. Nós de Salvador, do comando de atividades técnicas, estaremos colocando bombeiros em reforço ao 2º Grupamento, para apoiar as análises técnicas dos camarotes e vistorias de trios elétricos, a fim de buscarmos a prevenção e melhorar a segurança dos foliões”, informou o coronel.
De acordo com ele, os responsáveis pelos camarotes devem apresentar o projeto de segurança contra incêndios, que deve contemplar: iluminação de emergência, extintores, sinalização de emergência, saídas de emergência e controle de acabamento, que é um produto chamado antichamas.
“Fora isso, os bombeiros fiscalizam o controle de acesso, que é a quantidade de público que se coloca dentro do camarote. Não adianta ter uma previsão legal e uma estrutura prevista para suportar 500 ou mil pessoas, e chegar em um determinado momento aquele camarote estar com superlotação. Isso pode gerar risco de desmoronamento da estrutura ou uma situação de pânico. Pela nossa legislação, a previsão é que em cada metro quadrado a gente coloque apenas três pessoas, para ter a questão de segurança e conforto para o folião”, explicou.
Para camarotes acima de 500 pessoas é exigido por lei atualmente uma catraca para controle de acesso e painel para contagem de pessoas.
“Nos camarotes, temos iniciado essa implementação, justamente para evitar um mal maior, que é a superlotação de público e risco de desmoronamento da estrutura. Até agora não iniciamos as vistorias, estamos fazendo primeiro a análise. Estamos com um plantão neste final de semana no GBM, e vamos trazer analistas de Salvador para priorizar os camarotes da Micareta e as vistorias vão começar a partir da segunda ou terça-feira”, afirmou.
O coronel esclareceu que será exigido o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) para os camarotes.
“O risco de incêndio em um camarote pode ser baixo. O grande problema chama-se pânico e superlotação. E o major Emanuel, do Corpo de Bombeiros de Feira de Santana, vai se reunir com o promotor do Ministério Público, Audo Rodrigues, com vistas a alinhar procedimentos e processos para essa Micareta ocorrer com mais tranquilidade.”
O Major Emanuel Sousa, Comandante de Bombeiros de Feira de Santana, informou que alguns camarotes ainda não apresentaram o projeto de pânico e incêndio exigido pela corporação para liberação de uso dos equipamentos.
Em entrevista ao Acorda Cidade, ele destacou que ontem seria o prazo limite para entrega dos projetos. E até o momento, apenas um foi completamente analisado e aprovado pelo Corpo de Bombeiros.
“Nós estamos recepcionando os projetos ainda para aprovação. Já temos um projeto aprovado, mas algumas estruturas ainda não apresentaram o projeto para a devida análise do Corpo de Bombeiros. Existem outros que ainda estão análise, e alguns poucos ainda não entregaram o projeto de combate a incêndios.”
Major Emanuel Sousa informou que a liberação dos camarotes depende da entrega da documentação pelos responsáveis.
“Estamos em regime especial para análise, e o próprio comando disponibilizou mais analistas para que a gente tenha agilidade e acreditamos que em três dias, no máximo, todos que já deram entrada a gente deve dar a saída e prosseguimento da vistoria. O prazo oficial que as empresas têm que colocar é de até 7 dias, e ontem (12) foi o prazo limite delas. Mas vamos colocar equipes extras até para dar um prazo maior, mas a data seria hoje.”
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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