A celebração da Paixão de Cristo seguida da Procissão do Senhor Morto, aconteceu nesta sexta-feira (7), a partir das 16h, na Catedral Metropolitana de Sant’Ana, em Feira de Santana.
A Procissão do Senhor Morto é uma das principais tradições religiosas da Semana Santa, uma época em que os cristãos católicos de todo o mundo celebram a morte e ressurreição de Jesus Cristo.
A procissão do Senhor Morto é uma caminhada solene e penitencial que ocorre geralmente na Sexta-feira Santa, em que os fiéis caminham pelas ruas em silêncio, carregando uma imagem do corpo morto de Jesus Cristo. Sendo uma oportunidade para os fiéis meditarem sobre a Paixão de Cristo, sua morte e sacrifício pela humanidade.
Ao Acorda Cidade, Dom Zanoni Demettino Castro explicou que a Igreja Católica celebra a vida, a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus nesta semana.
“Nesta semana bastante intensa nós fomos chamados a seguir os passos daquele que passou a vida fazendo o bem. Celebramos desde ontem o Tríduo Páscoal, a ceia, o lava pés, a instituição da Eucaristia, a renovação das promessas sarcedotais dos presbíteros, e depois da ceia tivemos a transladação do Santíssimo Sacramento, e a partir de ontem já vivemos esse momento da condenação de Jesus e do seu julgamento. Jesus é condenado, tido como um criminoso e é condenado à cruz, algo que é escandaloso para os judeus. Mas aquilo que é rejeitado Deus eleva sobre todas as coisas”, abordou.
Amor ao próximo
A celebração desta data, segundo Dom Zanoni, representa o sofrimento de Jesus em solidariedade a toda humanidade.
“A razão da morte de Jesus e do seu sofrimento é para que todos tenham vida e vida em abudância. Jesus foi perseguido, rejeitado, e no fim só ficou com Ele algumas mulheres, como Maria a mãe de Jesus, mas Deus não o abandonou, não cresceu grama sobre o seu túmulo. A fé cristã manifesta a presença Dele no mundo e na nossa realidade”, disse.
Dom Zanoni destacou que a Paixão de Cristo traz consigo a mensagem de uma vida nova.
“Uma humanidade restaurada, livre de toda violência, corrupção, tortura, preconceito, xenofobismo. Uma vida de irmãos e fraternidade”, destacou.
Renovação
A professora Dilma Pacheco relatou ao Acorda Cidade que o sentimento ao participar da procissão é reviver o que Cristo viveu.
“A gente precisa tá sempre revivendo, refletindo, rememorando. Esta é a oportunidade que todo ano nós temos para fazer essa reflexão”.
Desde 1987, a professora participa da procissão, época em que veio morar em Feira de Santana. “Eu sou de Mairi e participo de todos os eventos da igreja. Esta Semana Santa tenho tido muitas reflexões, principalmente após a pandemia, um momento difícil em que todos nós passamos”, lembrou.
Vanderlei Lima, autônomo, disse ao Acorda Cidade que desde criança frequenta os atos da Semana Santa.
“Venho de uma família Católica, mas aqui na Catedral Metroplitana de Sant’Ana aproximadamente há uns 20 anos faço parte da liturgia, ajudando sempre no que posso, na celebração e nas cerimônias”, descreveu.
O sentimento dos católicos, em qualquer procissão, não é de fanatismo nem idolatria, mas de proclamar a fé Católica em público, proclamando que Jesus Cristo é o Senhor, ontem, hoje e sempre, pontuou Vanderlei.
“A procissão do Senhor Morto não é uma procissão de fanatismo, de adorar uma imagem morta, mas é relembrar aquele que sofreu, morreu e que amanhã, festivamente, celebramos a Sua ressurreição. Esta data significa para mim um sentimento forte de aprofundar a fé e me sentir mais comprometido com a vida do próximo, aqueles que morrem a cada dia nas esquinas, nas ruas, a gente vê no outro o Cristo morto”, concluiu.
Também participaram da procissão o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins e outras autoridades.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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