Edízia de Jesus Reis, mãe de Gabriel de Jesus Santos, de 7 anos, relatou em entrevista ao Acorda Cidade que está vivenciando mais um desafio com o seu filho. Gabriel foi diagnosticado com Dermatite Atópica Grave, uma doença que causa inflamação da pele, levando ao aparecimento de lesões e coceira. Ele estava realizando um tratamento em Salvador no Hospital das Clínicas, no entanto, após receber alta a saúde de Gabriel está oscilando muito.
“Tem meses em que ele está bem e tem meses que ele não está. No final de janeiro para fevereiro o quadro dele se agravou bastante. No dia 31 de janeiro ele ficou internado, após isso ele tinha melhorado bastante. Mas de oito dias para cá ele voltou a piorar. O corpo começou a estourar todinho novamente e isso está afetando o psicológico dele”, contou Edízia.
Mudança no comportamento
Conforme a mãe, Gabriel está tomando três tipos de calmantes, que foram receitados durante o tratamento em Salvador, mas o seu filho não consegue dormir e está apresentando um comportamento agressivo e agitado.
“Ele está bem agitado, está nervoso, agressivo. E ele não consegue dormir. É tanto que semana passada ele estava tentando fugir, sair de casa, acordamos no meio da noite e vimos ele abrindo o portão”.
Edízia disse também que até o momento não conseguiu acompanhamento psicológico para Gabriel.
“Ele ficou sendo acompanhado apenas durante o internamento em Salvador, com uma equipe de psicologia, só que eles lá me passaram a medicação e não chegaram até a mim para conversar, só fizeram passar o calmante. E quando Gabriel teve alta, eles mandaram continuar dando os calmantes em casa, só que ainda não consegui marcar nada lá [Hospital das Clínicas] para ele. Aqui em Feira de Santana que eu consegui um neuro pela Secretaria de Saúde aqui, eu consegui lá na Apae”, informou a mãe.
Após a consulta, o médico solicitou com urgência que Edízia realizasse uma tomografia com sedação do crânio de Gabriel.
“Ele ficou preocupado com o tanto de calmantes que Gabriel está tomando com a idade dele. Eu fui à secretaria, mas eles não marcam, porque a dele é com sedação. Fui ao Hospital da Criança, mas ele se encontra na lista de espera, sem previsão de marcação, e disse que talvez em maio poderia surgir uma vaga”, explicou.
A mãe está aguardando para fazer uma tomografia e disse que não está fácil cuidar do seu filho.
“Do jeito que ele se encontra, não temos como ficar em casa com Gabriel. Ele está bem agressivo, não está dormindo, e agora com as lesões que voltaram a abrir novamente piorou mais ainda”, pontuou.
Só após a tomografia o neurologista poderá resolver a situação de Gabriel.
“O médico falou que não poderia suspender a medicação, porque não foi ele quem passou. Ele só poderia resolver a situação do Gabriel quando ele visse a tumografia”, concluiu a mãe.
O Acorda Cidade entrou em contato com o Hospital Estadual da Criança e com a Central de Regulação e aguarda retorno.
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