Dona de salão na Maria Quitéria que teve materiais furtados lamenta soltura do acusado após prisão: ‘Estamos vulneráveis’

A cabeleireira Arlete Rocha de Jesus, proprietária do salão de beleza, situado na Avenida Maria Quitéria, o qual teve objetos furtados por um arrombador no último domingo (26), lamentou na tarde de hoje (30) o fato de o acusado ter sido preso pela polícia militar e liberado logo em seguida.

De acordo com a profissional de beleza, ela esteve junto com o funcionário, o maquiador Anderson Assis, na delegacia para recuperar parte dos materiais de trabalho encontrados por policiais da 64ª Companhia Independente (CIPM), após abordagem a um homem que transitava na Rua Comandante Almiro, nas imediações do Terminal Rodoviário, carregando um secador de cabelos.

O homem escondeu os itens furtados em uma pousada localizada na área da Rodoviária. Ele foi encaminhado com o material para o Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho, mas como não houve o flagrante, foi solto após a audiência de custódia.

“Tomei conhecimento da prisão dos indivíduos pela própria polícia. Tivemos todo o apoio tanto da Polícia Civil quanto a Polícia Militar, fomos muito bem acolhidos, mas infelizmente quando fui receber os pertences eu tive a notícia de que o indivíduo seria solto e nos deparamos inclusive com ele na delegacia, uma situação muito difícil, e a própria autoridade falou que como não foi pego em flagrante o marginal seria solto novamente”, relatou Arlete Rocha de Jesus.

Ela questionou a fragilidade da legislação e como a população está vulnerável diante das pessoas que praticam crimes.

“Não adianta a gente fazer investimentos, pensar em um amanhã melhor, se não mudarem as leis. A gente pede uma rigidez maior, pois estamos vulneráveis o tempo todo e isso tem acontecido na cidade de Feira de Santana. Com relação às providências que estão sendo tomadas, já chegou ao conhecimento do Ministério Público, já houve várias denúncias, a população está toda empenhada, mas a gente precisa realmente que haja a revisão das leis, para que crimes como este não aconteçam todos os dias”, afirmou.

Prejuízo ultrapassa R$ 25 mil

De acordo com Arlete Rocha, poucas coisas do salão foram recuperadas pela Polícia Militar e quase nada poderá ser reaproveitado. O prejuízo foi estimado ultrapassa de R$ 25 mil.

“Nós tivemos um prejuízo quase que total, porque foram levados todos os equipamentos de trabalho, utensílios, material de maquiagem, então foi um prejuízo de quase R$ 25 mil. Infelizmente, não conseguimos recuperar muita coisa, e o pouco que recuperamos estava muito danificado, tive um prejuízo muito grande com linhas de produtos capilares, dentre outras coisas, que foram danificadas. A Polícia conseguiu recuperar algumas coisas, mas o que recuperou não deu muito para aproveitar”, contou a cabeleireira.

Medo e insegurança

O maquiador Anderson Assis ressaltou que apenas uma pequena parte dos materiais utilizados para maquiar as clientes foram devolvidos a ele. Além disso, outros equipamentos mais caros, como ring lights, lustres, aparelhos, não foram encontrados.