A Defesa Civil de Feira de Santana, em parceria com a Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) e a Secretaria de Meio Ambiente (Semman), vem desde o ano passado mapeando os principais pontos da cidade com risco de alagamentos.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Anna Karoline Rebouças, engenheira ambiental e coordenadora da Defesa Civil de Feira de Santana, explicou que o órgão trabalha em parceria com a Sesp o ano inteiro para limpeza e desobstrução de canais.
“A gente concentra mais as forças no mês de setembro, quando a gente começa a solicitar das secretarias essa questão de limpeza de canal, de bueiros, das ruas, então isso já vem desde setembro. Mesmo com as chuvas agora na estação do outono, as chuvas que a gente tem mais preocupação são de verão, que têm trovões, raios, volumes grandes para o município, e a gente teve situações no ano passado em razão desta estação”, afirmou a coordenadora da Defesa Civil.
Segundo ela, na estação do outono em Feira de Santana o tempo varia entre chuva e sol, e a temperatura diminui e começa a preparar a cidade para o inverno.
“Então temos chuvas que tem momentos mais fortes, mas não são chuvas que nos deixam com tanta atenção quanto as de verão. A gente tem um mês de abril que sempre choveu muito, principalmente no final, e sempre brinco que em todo 21 de abril caem chuvas na cidade de uma forma que não é esperada. Mas a gente vem se preparando, a Defesa Civil solicita das secretarias desde setembro essas limpezas e direciona os bairros que a gente tem mais atenção em relação à quantidade de chuva que fica mais água empoçada. Dessas chuvas agora não tivemos muitas solicitações, mas sim, a gente já sabe de alguns bairros que têm problemas de drenagem e que a gente faz o direcionamento para as secretarias de responsabilidade”, explicou Anna Karoline Rebouças.
Educação Ambiental
Conforme a coordenadora da Defesa Civil, o órgão também tem buscado alertar à Secretaria de Meio Ambiente acerca da importância da educação ambiental, em virtude da grande quantidade de lixo que é jogado em canais e bueiros de forma irregular.
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“A gente vem sempre conversando com o pessoal da Semman, a questão de educação ambiental, e a gente também necessita da colaboração do cidadão, em relação ao lixo nos bueiros, deixar lixo fora do horário da coleta, jogar objetos nos canais. Isso atrapalha o fluxo para a água realmente fazer seu caminho. Mas a gente vem sempre conversando com as secretarias que fazem esse papel, tanto a Sesp como a Semman na questão da educação ambiental, e a gente vai buscando uma forma de diminuir isso, mas realmente precisamos da conscientização de todos. A Defesa Civil não trabalha sozinha e precisamos de outros colaboradores”, destacou.
Ela observa que em muitos canais há grande quantidade de entulho, materiais de construção, o que dificulta a passagem da água, causando alagamentos.
“A gente vem observando que em alguns canais tem a questão do entulho, que é muito, materiais de construção, isso obstrui muito, principalmente em ruas sem saída que isso atrapalha o fluxo de água, então essa questão do lixo é uma das situações que agravam os casos de alagamentos em nossa cidade.”
Os bairros com maior número de ocorrências, segundo a Defesa Civil são Mangabeira, Campo Limpo, Baraúnas e Conjunto Feira X.
“A gente vem de dois ou três anos fazendo um levantamento das nossas ocorrências, e os bairros que a gente tem mais solicitações nos períodos de chuvas são bairros como a Mangabeira, Campo Limpo, Baraúnas e Conjunto Feira X, que tem um canal extenso que corta praticamente o bairro todo, e ainda temos a situação das casas que ficam na beira desse canal. Então são bairros que a gente já fez esse levantamento pelas ocorrências que a gente tem, entre outros bairros, pois Feira está crescendo muito. O SIM já está tendo esses pontos de alagamentos devido às construções, mas a gente já fez o levantamento e está dentro do plano de drenagem e nosso mapa também de levantamento. A prefeitura está tentando ver esses pontos como prioridades para tentar reduzir essa questão de alagamentos”, destacou Rebouças.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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