Política

Questionado sobre plano de facção contra autoridades, Lula diz que não vai atacar ninguém 'sem ter prova', mas vê 'armação' de Moro

Operação na quarta prendeu suspeitos de arquitetar assassinatos e sequestro de autoridades. Moro agradeceu policiais, mas criticou ações do governo Lula na área de segurança pública.

Foto: Pedro França/ Agência Senado
Foto: Pedro França/ Agência Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (23) que vê “armação” do senador Sergio Moro (União-PR) nas investigações da Polícia Federal que levaram à prisão, nesta quarta (22), de membros de uma facção criminosa que planejavam um ataque contra o senador, familiares e outras autoridades.

Questionado sobre o tema durante evento no Rio de Janeiro, Lula disse que não queria “ficar atacando ninguém sem ter prova” – mas, em seguida, disse achar que era “mais uma armação” de Moro, seu opositor político.

“Eu não vou falar porque eu acho que é mais uma armação do Moro. Mas eu quero ser cauteloso, eu vou descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro. Mas eu vou pesquisar, eu vou saber o porquê da sentença”, declarou.

“Mas isso, a gente vai esperar. Eu não vou ficar atacando ninguém sem ter prova. Eu acho que é mais uma armação, e se for mais uma armação ele vai ficar mais desmascarado ainda”, seguiu Lula.

“Eu não sei o que ele vai fazer da vida se continuar mentindo do jeito que está mentindo. É isso. Mas também, o Moro não é minha preocupação, a minha preocupação é 215 milhões de brasileiros que estão esperando que a gente possa melhorar a vida deles”, continuou.

A TV Globo pediu posicionamento de Sergio Moro sobre as declarações do presidente e aguarda retorno.

A operação
Nesta quarta-feira, uma operação da Polícia Federal prendeu nove pessoas suspeitas de integrarem a facção criminosa que planejava os atos contras as autoridades.

Um dos alvos era o ex-juiz, ex-ministro e atual senador Sergio Moro. A informação foi divulgada primeiro pelo próprio parlamentar, e depois confirmada pelo governo.

Outro alvo dos criminosos era o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que desde o começo dos anos 2000 investiga a facção que age inclusive dentro dos presídios e fora do país. Gakiya vive há mais de dez anos sob escolta policial, 24 horas por dia, por causa das ameaças de morte recorrentes que recebe.

Fonte:g1

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Inscrever-se
Notificar de
16 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários