Feira de Santana

Reunião para definir feriado e funcionamento do comércio na Micareta não chega a um acordo

Nova reunião pode ser realizada na próxima semana. Conforme o Antônio Cedraz, o sindicato patronal não aceitou pagar o abono pelo dia trabalhado, dificultando o acordo.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Após uma longa reunião realizada na manhã desta quarta-feira (22), entre os representantes dos Empregados do Comércio e do Sindicato Patronal, em Feira de Santana, ainda não é possível saber se haverá feriado ou quais dias o comércio funcionará durante a realização da Micareta 2023.

O presidente do Sindicato Patronal, Marco Silva informou que após duas horas de reunião ainda não foi possível chegar a um acordo.

Presidente do Sindicato Patronal
Foto: Maylla Nunes/Acorda Cidade

“O Sindicato dos Comerciários ainda não foi sensibilizado que a gente precisa estabelecer esse funcionamento o quanto antes para que as pessoas se organizem, para que quem quiser viajar, viaje. E para a própria prefeitura regulamentar esses horários. Mas eles entendem que ainda há tempo hábil, mas nós entendemos que está ficando apertado. Então, eu diria que as propostas foram feitas, foram sinalizadas como possíveis, alguns pediram que não colocasse ainda o que foi proposto e falaram que só poderiam resolver, provavelmente, de hoje a oito”, contou.

Feriado de Tiradentes

Conforme decidido na Convenção Coletiva, o comércio está autorizado a funcionar no dia 21 de abril, feriado de Tiradentes, no entanto isso foi tratado antes da definição da data da Micareta.

“A gente sabe que o dia 21 será um dia incoveniente para todo mundo, trabalhar no feriado nacional, em plena Micareta. Então a gente propôs um horário reduzido no sábado e o fechamento do centro da cidade, tanto na sexta-feira quanto no domingo. Então seria um horário reduzido, isso já ficou decidido seria de 9h às 15h, mas infelizmente não foi batido o martelo. Vamos aguardar realmente e esperar que esse consenso chegue o quanto antes para que as pessoas se organizem”, defendeu.

O Sindicato dos Empregados do comércio entende que seria melhor funcionar na sexta-feira, no feriado nacional, indicou o presidente do Sindicato Patronal.

“E nós entendemos que isso não seria positivo, porque a gente sabe que o centro da cidade durante um feriado nacional não tem um bom resultado. É importante a gente separar shoppings e bairros. A gente não pode imaginar que uma opção de lazer em Feira de Santana que é o Shopping fique fechado. A gente não pode proibir de funcionar as feirinhas dos bairros, e nos comércios de bairros. Mas no centro da cidade, toda vez que a gente coloca o funcionamento no feriado nacional o resultado não é bom, mas eles entendem que nessa sexta-feira vai ser bom, e nós entendemos que não, então ficou esse impasse entre a sexta ou sábado. Essa data quanto mais cedo seja definida é melhor para todo mundo, as pessoas não conseguem se programar faltando poucos dias. Eu diria que a data já está muito em cima, o prazo está muito apertado. E infelizmente, o Sindicato dos Comerciários não foi sensibilizado quanto a isso e nos resta aguardar. A gente sempre vai deixar a porta de negociações aberta”, pontuou Marco Silva.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O que diz o Sindicato dos Empregados do Comércio

Antônio Cedraz, presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Feira de Santana (Secofs), disse ao Acorda Cidade que o Sindicato Patronal não aceitou pagar o abono pelo dia trabalhado e isso está dificultando o acordo.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Mais uma vez o pessoal não leva em consideração o direito do comerciário de se divertir também. Eles acham que o comerciário só tem que trabalhar, trabalhar, tanto faz em feriado, em qualquer uma data, só trabalho. Não existe diversão. Então, na Convenção Coletiva quando negociamos o dia 21 de abril não sabíamos da Micareta. E agora que se sabe eles querem trocar esse dia, que é um dia que seria pago em R$75 ou R$82,00 a depender do número de funcionários para transferir para o sábado, até concordamos desde que esse abono que teria que ser pago na sexta-feira fosse pago no sábado aí eles não aceitaram de maneira nenhuma. Fizemos até uma contraproposta em vez de pagar os R$75 ou R$82,00 que pagassem R$50 para cada, no horário de 9h às 15h, é uma pequena gratificação. Não seria o total, mas o empregado e o comerciário ficaria mais ou menos, não tão, satisfeito. Porque o correto, se tivesse de trabalhar, seria na sexta-feira. Porque o trabalhador ficaria com o sábado e o domingo livre, agora se você folga na sexta-feira e trabalha no sábado, você matou o seu fim de semana. E se você não curte a Micareta você vai ter que ficar dentro de casa. Porque saindo 16h pra 17h, você vai viajar para onde?”, indagou Antônio Cedraz.

O presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio destacou que os empregadores estão fugindo da responsabilidade.

“Nós queremos manter a sexta, mas pagando exatamente o que tem lá. Isso depende também da prefeitura, porque tá na lei que sexta-feira às 14h para o comércio e só volta a funcionar na segunda-feira. Então se a prefeitura for mudar a lei mesmo, a lei 2.299/2001, diz claramente que no período de Micareta o comércio fecha às 14h de sexta até domingo. O prefeito praticamente jogou a responsabilidade na negociação, mas se a gente não chegar a nenhum acordo, a obrigação do prefeito é fazer cumprir a lei e eles estão assustados com isso, porque acham que se cumprir a lei não vão ganhar dinheiro, não vão vender. Então vamos deixar o prefeito decidir”, concluiu.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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