Nesta quarta-feira (22), um grupo de professores saiu da sede da APLB, em Feira de Santana, em comemoração ao Dia Nacional de Lutas pela Aplicação do Reajuste do Piso nas Carreiras dos Trabalhadores em Educação rumo ao município de Ipirá.
A professora Marlede Oliveira relatou ao Acorda Cidade que a escolha do município ocorreu devido a algumas situações vivenciadas pelos professores
“Nós estamos saindo de Caravana de Feira de Santana, porque ficou decidido em Assembleia que este ano a paralisação com a manifestção iria acontecer em Ipirá. Em vista de algumas situações em que passam os professores de Ipirá, de não atendimento da pauta de reivindicações. Nós estamos nessa concentração na sede nova para daqui irmos em caravana para o grande ato de manifestação neste dia 22 de março. Um dia de luta para a garantia do Piso Nacional, nós temos piso desde 2008 que não se cumpre”, pontuou.
Conforme Marlede, no ano passado o município não cumpriu o piso, segundo ela dos 33% o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, só pagou 5%
“E o Governo do Estado também pagou os 33% diferenciados. Alguns 33%, outros 10%, outros 12%. E ainda estamos negociando com o Governo do Estado, mas ainda não temos uma posição final. E eu quero dizer aqui de Feira de Santana que nós não temos nenhum avanço ainda. Entregamos uma pauta, desde da greve do ano passado, do spray de pimenta que nós levamos, dos cacetetes que levamos, e não temos respostas da pauta sobre o piso. E neste ano estamos cobrando da secretária de educação, da professora Anaci, uma resposta da nossa pauta, porque o piso agora é 14.95. Neste ano não tivemos nenhuma resposta do Governo”, informou.
Precatórios
Sobre os precatórios, a professora Marlede disse que o prefeito iria fazer uma consulta ao Tribunal de Contas da União.
“Ele disse que ia fazer uma consulta ao Tribunal de Contas da União só que não achamos isso necessário, porque para pagar precatório não tem que ter parecer do Tribunal de Contas. Do nosso precatório ele já gastou os 40%. Os 60% nós conseguimos bloquear e agora só depende da ‘justiça do prefeito’. A qualquer momento que o prefeito quiser sentar na mesa para negociar o pagamento. Nós conseguimos bloquear R$ 179 milhões e vai até R$200 milhões. E até hoje o prefeito não nos deu nenhuma resposta ao respeito do parecer. Outros prefeitos pagaram, menos Feira de Santana que o prefeito Colbert resiste em dizer que precisa ouvir… Deve ser o ‘além’. Porque temos lei federal e municipal que determinam o pagamento, nada impede, agora é questão de vontade política do governo”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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