Apesar da importância histórica e cultural da Micareta de Feira de Santana, considerada o segundo Carnaval da Bahia, a sua realização deve ser analisada “com muita sabedoria, diante da crise em vários segmentos dos serviços públicos, especialmente na saúde pública. O alerta é da vereadora e enfermeira Lu de Ronny (MDB), ao considerar que o momento não comporta uma festa desse porte. Ela não acredita que as policlínicas municipais, no estado em que se encontram, reunam condições de dar suporte “para qualquer tipo de acidente que houver no circuito”.
Também a segurança pública e a educação, em sua avaliação, se encontram debilitadas, o que reforça a tese de que a realização do evento deve ser repensada.
Sugerindo que o prefeito Colbert Martins repense o projeto da Micareta, programada para o período de 20 a 23 de abril, Lu de Ronny analisou que uma atração como a cantora Ivete Sangalo custa mais de R$ 200 mil, “dinheiro que poderia ser empregado na saúde, que está um caos”.
Citando problemas como a falta de médicos, medicamentos e insumos nas unidades, ela conclui que “para ter festa” é necessário que a base, saúde educação e segurança , esteja em harmonia. Reconhece que, além de ser entretenimento, a Micareta reflete na economia, como fonte geradora de renda para vários ramos do comércio, especialmente barraqueiros e ambulantes. “Mas precisamos entender que a população, para festejar, precisa estar feliz”.
José Carneiro: A festa deve acontecer
O líder do governo na Casa, vereador José Carneiro (MDB), por sua vez, pondera que a Micareta é uma festa centenária, de grande relevância para o lazer dos feirenses e também para a economia da cidade e deve ser realizada este ano. Segundo ele, segurança pública é obrigação do Governo do Estado, assim como uma considerável parcela das ações de saúde pública.
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