Depois de executivos de companhias aéreas ligarem para o Palácio do Planalto perguntando quem pagaria a conta da ideia de passagens a R$ 200 anunciada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu dar uma bronca em sua equipe, cobrando que ninguém pode lançar um programa sem antes ter a aprovação da Casa Civil.
Com ironia, Lula disse que toda “genialidade” tem de passar antes pela Casa Civil e ser aprovada do ponto de vista do Orçamento pelas equipes dos ministérios da Fazenda e do Planejamento.
Apesar de não ter citado o nome de Márcio França, a bronca era endereçada a ele principalmente e, também, a outros ministros que já tiveram ideias geniais, mas que não cabiam no Orçamento ou não são viáveis de aprovação no Congresso Nacional.
Márcio França chegou até a anunciar que o programa, batizado por ele de “Voa, Brasil”, começaria a valer a partir do segundo semestre. E que o governo não bancaria nada para garantir essa passagem mais barata para alguns grupos, como servidores públicos, aposentados e estudantes.
Daí a reação das companhias aéreas – que estão endividadas e alertaram o governo que não teriam condições de montar programas subsidiados para bancar passagem barata no país.
Assessores de Lula destacam que a ideia é até positiva, mas não dá para anunciar algo sem testar o modelo, se ele vinga ou não.
Agora, destaca um assessor presidencial, muita gente vai achar que vai ter passagem aérea barata no segundo semestre, só que isso não irá acontecer.
Cria, na avaliação do assessor, uma falsa expectativa, o que acaba desgastando a imagem do presidente Lula.
Fonte: g1
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