Na última semana, o setor político de Feira de Santana tem ficado agitado com as movimentações em torno das eleições municipais de 2024 para o cargo de prefeito, sobretudo após declarações do deputado estadual Pablo Roberto (PSDB), e os ex-deputados estaduais Pastor Tom (Ewerton Carneiro) e Carlos Geilson, ambos do Solidariedade, demonstrando insatisfação com o grupo político liderado por José Ronaldo (União Brasil), por conta da falta de diálogo.
Pablo, Tom e Geilson, inclusive, já colocaram seus nomes à disposição de seus partidos, como pré-candidatos à prefeitura municipal. E, segundo Tom, o atual presidente do Fluminense de Feira, Zé Chico (União Brasil), também pode se lançar ao cargo de chefe do poder executivo.
Questionado se estaria perdendo o controle da situação dentro grupo político com tantos lançamentos avulsos de pré-candidaturas e possíveis indisciplinas, o ex-prefeito José Ronaldo se esquivou prontamente, afirmando que ele nunca se sentiu líder de grupo e sempre fez a parte política dele e ‘que todos façam suas partes’. Por outro lado, avalia que ninguém pode ser candidato sozinho, fora do grupo.
“Ninguém é candidato sozinho, só se é candidato com o grupo. Eu acho que é discutir, debater, agora quando alguém quer conversar a iniciativa tem que ser da pessoa”, disse.
Para José Ronaldo, ainda é cedo para pensar sobre as eleições de 2024 e não vê razão para tanta efervecência no meio político.
“Nós não temos eleição em 2023, a eleição é em 2024, e acho extremamente prematuro muitos títulos de assuntos. Nós tivemos uma eleição há pouco mais quatro meses, então é muito pouco, para que já estejam nessa efervecência para a eleição de prefeito. Agora, cada pessoa tem suas ideias, seus pensamentos, e ninguém pode mandar em ninguém, todos são livres para fazerem o que desejarem”, declarou o ex-prefeito.
José Ronaldo garantiu que não está em ritmo de pré-campanha, como muitos afirmam, e só não dialogou com ele quem não quis.
“Não tenho nenhuma agonia a respeito desse assunto, não estou fazendo campanha política, estou fazendo o que fiz a minha vida inteira, que nunca deixei de visitar as pessoas, de ir aos locais e receber gente. O que estou fazendo sempre foi uma rotina na minha vida, não faço porque vai ter eleição. Só não conversou comigo quem não quis ainda. Eu nunca me achei o líder, que é uma coisa natural. Então se há pessoas que dizem que são meus liderados eu agradeço, eu convivo, faço parte, dialogo, levo adiante a ideias, agradeço, mas se outras pessoas se acham líderes e tomam suas posições, eu não vou desrespeitar ninguém, não vou condenar nem dizer que estão errados. Se essas pessoas tomam posições que desejam ser candidatos, porque em primeiro lugar eu nunca disse que era candidato, então se eu nunca disse, eles têm o direito de se manifestar”, disparou.
E continuou: “Não sou pré-candidato, sou José Ronaldo de ontem, de hoje e de amanhã. Não faço algo porque está perto de uma eleição, e estamos bem longe de uma. Só fala de eleição hoje quem é do mundo político, quem não é, não fala. Quem fala é o mundo político e a imprensa. Mas o povo em si não está nem aí para eleição, porque não tem eleição em 2023, será em outubro de 2024 e nós estamos ainda a 18 meses e meio de um pleito. É muito tempo, e o período de filiação partidária é seis meses antes da eleição e cada pessoas tem suas ideias. Se alguém deseja ser candidato, eu vou chamar e dizer que não deve? Quem sou para fazer isso? Lá na frente a gente vai evidentemente discutir e debater o que é melhor e o que não é”, argumentou.
O ex-prefeito afirmou também que após a última eleição municipal ele conversou com todos os aliados, entre eles Pablo Roberto, Carlos Geilson, Zé Chico, e com o Pastor Tom, por diversas vezes, sendo que com o último, não tratou sobre 2024.
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