Inovação

Professor de Feira de Santana será juiz em competição nacional de robótica em Brasília

A Bahia mandará grupos para a competição em Brasília.

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Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Convidado pelo Departamento Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), sediado em Brasília, o professor José Augusto Araújo irá representar Feira de Santana no Festival Sesi de Robótica 2023. O evento acontecerá no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília (DF), nos dias 15 a 18 de março.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o professor da Escola Sesi, há 5 anos, José Augusto contou como está sendo a experiência de representar a Bahia sendo um juiz na competição.

“Eu entrei na Escola Sesi em 2018. A gente fez um histórico de premiações conquistadas na escola e já passam de 40 premiações. É muito gratificante estar aqui falando sobre Tecnologia, Ciência, Robótica, e além disso falar sobre as experiências profissionais baseadas principalmente nesse torneio”, abordou.

professor José Augusto Araújo_ Foto Ney Silva_Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Robótica Educacional

Desde que ingressou na instituição, o professor buscou se especializar na área tecnológica.

“Como o Sesi preza pela tecnologia, acabei buscando especializações baseadas especialmente nessa temática. Eu sou licenciado em Química pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), e tenho especialização em Robótica Educacional, graças à própria iniciativa da escola e do processo de produção de Tecnologia e Ciências”, ressaltou.

A escola SESI preconiza o ensino da tecnologia

“A escola Sesi incentiva o ensino da tecnologia, o que a gente chama de ambientação digital, conceito baseado em lógica de programação e pensamento computacional. Tudo isso é percebido pelos nossos estudantes e vai desde o ensino fundamental. Temos aulas de robótica que vão desde o 6º até o 3º ano do Ensino Médio”, explicou.

Juiz de uma competição nacional de robótica

Após várias capacitações e especializações, o professor José Augusto recebeu o convite para ser juiz junto a outras equipes em Brasília. O especialista em robótica será juiz na categoria First Tech Challenge (FTC).

O evento reúne quatro competições: a FIRST LEGO League Challenge (FLL), a FIRST TECH Challenge (FTC), a FIRST Robotics Competition (FRC) – organizadas em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) – e o F1 in Schools.

“A educação transforma, e a educação tecnológica transforma ainda mais. A gente consegue fazer com que esses jovens experenciem temáticas totalmente atuais. E eles estão, de certa forma, incluídos dentro desse processo tecnológico da sociedade hiperconectada. Eu fui convidado pelo Departamento Nacional do Sesi, sediado em Brasília, foram várias especializações, vários cursos de capacitação para que esse convite de certa forma acabasse surgindo e acontecendo”, contou.

Os estudantes com idades entre 9 e 19 anos precisam usar conhecimentos de engenharia, programação, marketing, negócios e projetos sociais nas disputas, desenhadas para estimular a criatividade e o pensamento crítico.

“É um torneio que pela primeira vez vai acontecer em Brasília, é um torneio nacional, cerca de 2.300 estudantes de todo o Brasil vão participar. São mais de 244 equipes de todo o território nacional. E é uma infinidade de conhecimentos e especificidades de cada uma dessas categorias. São cinco categorias que envolvem a robótica, a ciência, a tecnologia e a engenharia”, pontuou.

Equipes baianas

A Bahia mandará grupos para a competição em Brasília.

“Isso é motivo de muito orgulho para nós baianos. A gente tem duas equipes de F1 in Schools, que é a Fórmula 1 nas escolas, em que os estudantes precisam montar uma escuderia e que precisam construir um carro, um protótipo de carro de corrida. São duas equipes, uma de Salvador e a outra de Vitória da Conquista. A gente tem uma equipe na FLL de Candeias, mais duas equipes vinculadas, principalmente, a FTC que é a categoria na qual eu sou o juiz. Nessa categoria, os estudantes precisam construir robôs maiores do que os da FLL, e esses robôs precisam ser autônomos em determinados períodos e teleoperados em outros. Isso quer dizer que é desafiador para esses estudantes, pois eles estão vinculados a uma instituição de renome internacional”, observou.

As melhores equipes que passarem na competição nacional vão para a competição internacional em Houston, nos Estados Unidos.

“É muito gratificante para mim, como juiz, estar representando Feira de Santana, ser um dos escolhidos dentro desse processo de seleção de juízes, porque a tecnologia abre muitas portas”, destacou.

Robótica

O professor considerou a robótica como uma área em constante valorização.

“Na atualidade nós temos infinitos dispositivos que nos apoiam e que acabam de alguma forma melhorando o nosso dia a dia. Desde sensores que permitem a queda de água, abrir cortinas, fechar cortinas, sensores de chuvas, abrir e fechar determinadas portas, tudo que envolve tecnologia de alguma forma tem relação com a robótica. Os nossos celulares são basicamente dispositivos e circuitos criados com essa finalidade. E a gente tem na atualidade infinitas possibilidades incluindo a própria inteligência artificial com assistentes pessoais. Os celulares já vêm com essa tecnologia embutida hoje em que as escolhas e perguntas acabam saindo com muita fluidez. Novas tecnologias surgem diariamente, nós temos adaptações, atualizações que surgem a todo momento, desde aplicativos, softwares, análises baseadas principalmente na internet para as coisas, a inteligência artificial, e tudo isso vem diariamente crescendo. E com isso, novos profissionais precisam ser formados para essa análise,” frisou.

Com informações o repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

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