A Polícia Civil de Feira de Santana, através da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), realizou a prisão de quatro homens nesta quarta-feira (8), por descumprimentos de medidas protetivas.
As prisões fazem parte da Operação Átria e da Operação Integrada de Polícia Judiciária, com amplitude nacional, que visa combater crimes de violência praticada contra mulheres em razão de gênero e cumprimento de mandado de prisão, além de implementação de ações voltadas às mulheres vítimas de violência.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a delegada titular da Deam, Clécia Vasconcelos informou que ainda existem outros mandados a serem cumpridos, e pontuou que a meta neste mês de março, é realizar todas estas prisões.
“Estas prisões são referentes à descumprimentos de medidas protetivas e crimes de estupros. Além dessas festividades alusivas ao Dia da Mulher, a Polícia Civil junto com o apoio do Dr. Roberto, fez um serviço de polícia judiciária, então foram cumpridos estes mandados, mas nós temos outros para serem cumpridos. A nossa meta dentro desta operação e neste mês de março, é realizar todos estes cumprimentos”, informou.
A delegada Clécia Vasconcelos aproveitou para destacar sobre a violência contra a mulher em Feira de Santana.
“Infelizmente é um fenômeno Mundial, o Brasil não pode ser diferente, Bahia e Feira de Santana, também não, mas o que eu posso dizer, é que as ações estão sendo desenvolvidas e a Polícia Civil está atenta a isso. Aqui em Feira de Santana particularmente, eu posso falar porque aqui é a minha realidade, é onde eu trabalho diariamente, apesar dos números de ocorrências serem expressivos, isso significa que a mulher está confiando no trabalho da polícia e está denunciando, e nós temos que pontuar também que o número de feminicídios não é expressivo em Feira de Santana”, disse.
Um estudo com dados de sete estados brasileiros aponta que, em 2022, uma mulher foi vítima de violência a cada quatro horas: foram 2.423 casos — e 495 deles terminaram em morte.
Nesse estudo, aponta o estado da Bahia como tercerio no ranking. Ao Acorda Cidade, a delegada fez uma avaliação.
“É necessário fixar dois pontos, o primeiro que depois da pandemia, houve um agravamento das relações de um modo em geral e segundo, a incidência do uso de drogas. É preciso lembrar dessa questão. A Bahia tem essa preocupação de manter as informações, então não se trabalha com cifras obscuras, é uma realidade que se mostra e que precisa ser alterada. Não é bom para ninguém mascarar dados, então não é um dado que a gente se engrandece, mas é um dado de que faz com que todas as forças se unam à sociedade para mudar essas estatísticas”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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