O grupo de Bombeiros Civis Anjos de Resgate de Feira de Santana procurou o Acorda Cidade para relatar algumas situações que estão ocorrendo no município, por falta do cumprimento das promessas que foram feitas pelo governo.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Elisângela Oliveira Carneiro informou que novos investimentos seriam aplicados para a categoria, mas que até o momento, nada foi feito.
“O prefeito em reunião com a nossa categoria, nos informou que seria colocado na grade dos próximos concursos, a nossa profissão de Bombeiro Civil, mas isso nem aconteceu, porque ontem por exemplo, teve um concurso do Reda, eu fiz e não tinha a vaga. Tivemos um encontro com o vereador na época, Pedro Américo que fez o abaixo-assinado em função de uma verba que seria de R$ 30 mil para pagamento das diárias em eventos daqui de Feira de Santana, mas o que acontece, é que as mesmas equipes são escolhidas para os trabalho remunerados. Infelizmente existe uma grande quantida de pessoas desempregadas, muita gente necessitando, deveríamos está amparados pela prefeitura, mas nem isso acontece”, relatou.
Ainda segundo Elisângela, o grupo possui cerca de 24 bombeiros. Uma diária que seria no valor de R$ 120, R$ 180, só é pago R$ 80.
“A gente tem a nossa equipe Anjos de Resgate que tem 24 bombeiros civis, e resolvemos lutar sozinhos, dó que o que está acontecendo? As pessoas estão percebendo os erros, essa remuneração seria de R$ 120, R$ 180, mas só pagam R$ 80 ou dizem que o trabalho foi voluntário”, disse.
Neide Araújo também integra a equipe de bombeiros civis. Natural de Petrópolis no Rio de Janeiro, a carioca reside em Feira de Santana há 18 anos.
Ao Acorda Cidade, ela contou sobre os descontentamentos que estão existindo e relembrou algumas promessas feitas em época de eleição.
“Eu já sou bombeira civil há quatro anos, socorrista formada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência lá do Rio de Janeiro, e muito antes das eleições, nós tivemos uma reunião com o prefeito, e ele nos prometeu que iria colocar um local especial para a gente fazer uma associação dos bombeiros civis, e até hoje isso não foi concedido. Existe uma lei federal 11.901, e diz que eventos com até mil pessoas ou acima deste número, é obrigatório ter Bombeiro Civil. Nós estamos reivindicando por nossos direitos, pagamos tão caro por um curso como este e não ser valorizado”, desabafou.
Sem ter eventos para trabalhar pelo município, Neide contou que o que está ajudando a categoria no momento, são as festas particulares.
“Quando pita alguma festa particular, nós somos chamados, como casamentos, eventos formais, mas a coisa está ficando difícil. Para quem não entende qual é a nossa verdadeira função, nós estamos presentes nestes locais para fazer e prevenção. Caso tenha algum foco de incêndio em algum local, até o Bombeiro Militar chegar, esse fogo já se propagou o suficiente, então nós estamos ali para prevenir que isso não aconteça. O município deveria ter um olhar mais atento com a nossa categoria, com as pessoas mais carentes, ainda mais depois desta pandemia da Covid-19”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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