Em uma casa dividida entre 8 pessoas, vive Levi Santos Silva, seus pais e seis irmãos, no município de Feira de Santana. O menino de 9 anos tem paralisia cerebral, desde o nascimento. Na residência não há tanque para reservar água, por isso, muitas vezes os familiares precisam buscá-la em bicas.
Joseane Santos Silva, 35 anos, é dona de casa e mãe da criança. Ela conta que a paralisia foi causada ainda durante o trabalho de parto.
“Assim que nasceu. Eu tive deslocamento de placenta e a hemorragia que afetou o cérebro de Levi. Ele foi encaminhado para a UTI em Salvador, no Hospital Sagrada família, e ficou por lá durante 2 meses”, confirma.
Tratamento
De acordo com a dona de casa, o tratamento foi interrompido por falta de vagas em associações especializadas. Ela explica ainda que não tem condições financeiras para custear a alternativa particular.
“Ele está um tempo parado porque eu não estou conseguindo vaga na Apae, nem em outro lugar e não tenho condições de pagar. Ele toma para dormir Neuleptil, Carbamazepina, e faz uso também de Fenobarbital, que é para não ter convulsão”, explica.
Construção do quarto
Durante uma consulta a um médico otorrinolaringologista, conta Joseane, Levi foi diagnosticado com adenoide, ‘carne no nariz’. E, por isso, o profissional expôs a necessidade de a criança habitar em um local adequado.
“Necessita do quarto mais adaptado para ele, mais amplo, e também fisioterapia, acompanhamento médico. E, por enquanto, só a ONG que nos ajuda. Tem uma necessidade de ter um quarto limpo, ambiente amplo, que não tenha poeira. E várias outras coisas, por exemplo, um colchão adaptado com um tipo de tecido de couro, que possa lavar, tirar a poeira, trocar os lençóis de 2 em 2 dias”, conta.
Outros cômodos também precisam de reforma.
“Não temos água todos os dias, temos que ir para a bica carregar água, colocar um tanque. Precisa de um corrimão para fazer exercícios com ele. Pode doar material de construção se quiser”, pede.
Deslocamento
Ele precisa de uma cadeira de rodas para uso doméstico. A mãe explica que, através de iniciativa da organização sem fins lucrativos, recebeu um equipamento, porém ele não pode ser utilizado em casa por falta de espaço.
Vaquinha
Devido às condições citadas, a família pede doações e disponibiliza uma vaquinha virtual, mas até o momento, conforme Joseane, houve apenas uma doação, no valor de R$ 15,00. Levi também é beneficiado pela solidariedade da associação Entre Sorrisos e Encantos, que orienta a família.
“Seu Ronaldo é o voluntário da ONG. Ele teve a iniciativa de criar uma vaquinha online, mas até o momento só teve uma doação de R$ 15. São eles que me ajudam. Quando Levi precisa de algum medicamento ou consulta que eu não posso, eu entro em contato com eles e eles entram em contato com outras pessoas”, conta.
O que diz a Apae
Sobre o assunto a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) enviou a seguinte nota ao Acorda Cidade:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Em resposta à menção da Instituição no Canal de Imprensa Acorda Cidade, pela
genitora do assistido Levi Santos Silva, sra. Joseane Santos Silva, a APAE
esclarece que:
- O assistido iniciou o atendimento de OPM (órteses, próteses e meios
auxiliares de locomoção), no núcleo da APAE, CEPRE (Centro de
Prevenção e Reabilitação), em abril de 2021, com prescrição do médico
ortopedista de cadeira de rodas tetra, cadeira de banho com encosto
reclinável, órtese e calçado, com concessão dos mesmos ao assistido,
sendo entregues em 10/06/2021 (cadeira de rodas – foto anexa),
12/11/2021 (cadeira de banho), e também 12/11/2021 (órtese e calçado); - O mesmo passou por consulta com médico neuropediatra no mesmo ano;
- Em seguida o médico ortopedista encaminhou para atendimento com
equipe multiprofissional. Foram agendadas três (3) avaliações, no
entanto, a genitora e assistido faltaram; - Houve também consulta agendada com Neuropediatra, também faltando;
- Depois, devido às faltas e demanda, foi definido que entrariam na lista de
espera, que seria retomado possibilidade de atendimento a partir de
março de 2023.
Esclarecemos ainda, que o agendamento de avaliação no CEPRE do assistido,
foi realizado por intermédio do Sr. Rodrigo da ONG Entre Sorrisos, diretamente
com a Supervisora do Núcleo, que flexibilizou o atendimento, mesmo sem
cumprir os requisitos documentais, como o comprovante residencial, pois
residem em área quilombola, tendo os devidos registros de conversas, com foto
do assistido no uso da cadeira concedida e agradecimento do mesmo.
A APAE lamenta profundamente o equívoco, ocasionado por informações
desencontradas, e reitera a missão institucional e coloca-se à disposição para
continuidade do tratamento, ratificando a importância do comparecimento aos
atendimentos agendados, para que haja a plena condição tratamento e inclusão
do assistido.
Agradecemos desde já a compreensão de todos.
Assessoria de Comunicação da APAE
Como ajudar
- Pix e contato: 75992364156
- Vaquinha: clique aqui
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