Após perder tudo em incêndio, comerciante precisa de apoio para recomeçar

No dia 30 de janeiro deste ano, o comerciante Geraldo Gontijo, de 52 anos, perdeu em questão de minutos tudo o que havia conquistado em sete anos de trabalho. A loja de peças e acessórios que possuía, localizada na Rua Caramuru, no bairro Brasília, em Feira de Santana, foi atingida por um incêndio de grandes proporções.

O fogo começou durante a madrugada e consumiu toda a mercadoria, os móveis e o prédio. O prejuízo está estimado em R$ 7 milhões.

O comerciante, que há 35 anos trabalha no ramo de peças e em 2015 montou a loja, morava no andar de cima do prédio onde funcionava o estabelecimento, junto com a esposa Arlete e a filha deles de 5 anos, que tem síndrome de Down. Após a tragédia, a família teve que se mudar provisoriamente para as instalações de um posto de combustível e necessita agora do apoio da sociedade para conseguir se reerguer.

A loja não tinha seguro e a família perdeu tudo que tinha. “A gente alugou aqui, e o proprietário deu uma outra sala pra gente aqui em cima de graça, pois é amigo da gente, para ajudar a gente a se instalar. E aqui no posto tem praticamente um alojamento no fundo, foi restaurante, tinha pia, banheiro, então a gente se instalou por aqui, e estamos focados em reiniciar nosso comércio”, relatou o comerciante em entrevista ao Acorda Cidade.

Ele contou que além do prédio onde mantinha a loja e a moradia, outros imóveis foram atingidos pelas chamas e tiveram que ser interditados.

“O que a gente está fazendo primeiro é resolver a situação dos vizinhos, que foram três vizinhos interditados e a gente já liberou dois, estamos no terceiro agora, porque a gente se preocupa com a gente, mas se preocupa com o vizinho também. Estamos vendo essa situação e pensando no nosso comércio. O resto da construção, infelizmente, vai ter que esperar, porque não temos condições agora. Era loja de peças e acessórios, e oficina também. O prejuízo está estimado em R$ 7 milhões, era tudo que a gente tinha. Perdemos tudo”, lamentou.

Segundo Geraldo Gontijo, a família sempre buscou manter a vida financeira organizada e por isso não tem muitas dívidas acumuladas. Ele relatou que muitas pessoas estão ajudando e se sente grato pelo apoio que tem recebido dos feirenses, mesmo sendo de outro estado.

“Eu não tinha muitos débitos, pois trazia a vida muito segura. A solidariedade está muito boa. Eu sou mineiro, mas gosto muito da Bahia e sempre falava que Feira de Santana é o meu lugar, e tenho dito uma frase: ‘O povo baiano tem um coração muito grande’”.