Carnaval

Carnaval: Sesab terá postos de testagem HIV e distribuição de camisinhas

Na Bahia, foram notificados 2.480 casos de HIV adulto em 2021 e 2.664 casos em 2022.

Posto testagem Ondina
Foto: Bárbara Silveira/SaudeGovBa

Testes rápidos para detecção de HIV, sífilis e hepatites virais serão realizados a partir de sexta-feira (17), em dois postos instalados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) durante o Carnaval 2023 na capital, sendo um na Avenida Centenário, na Barra, e outro na Avenida Adhemar de Barros, em Ondina. No interior, um posto de testagem será instalado em Porto Seguro, na Passarela do Descobrimento. O funcionamento dos postos será até o último dia de carnaval, 21, iniciando sempre às 16 horas. Além dos testes, serão distribuídos preservativos masculinos e femininos e material informativo sobre prevenção de infecções sexualmente transmissíveis.

Além da testagem, os postos oferecerão aconselhamento e encaminhamento para tratamento no caso de testes positivos. A equipe que atuará nessa ação é formada por assistente social, enfermeiras, farmacêuticos, psicólogos, médicos, biomédicos, fisioterapeutas, sanitaristas, motoristas e assistente administrativo, totalizando 72 profissionais.

Camisinha 23
Foto: Bárbara Silveira/SaudeGovBa

Os foliões que residem em Salvador e apresentem resultado de exame reagente positivo para HIV ou hepatites, já sairão do posto de testagem com uma consulta agendada nos serviços especializados e garantia do início do tratamento. Os que residem em outras localidades serão orientados a procurar os serviços de atenção básica ou atenção especializada em seus respectivos municípios. Com relação ao acompanhamento para tratamento de sífilis, todos serão orientados a procurar a rede básica de saúde da sua cidade.

Aproximadamente 1 milhão de preservativos deverão ser distribuídos nos 5 dias de folia nos dois circuitos, com o intuito de alterar um cenário nacional onde apenas 50% das pessoas usam camisinha nas relações ocasionais, ainda que momentaneamente.

HIV e AIDS

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

O HIV (vírus da imunodeficiência humana) continua sendo um grande problema de saúde pública mundial, levando a mais de 36,7 milhões de mortes até o momento. Em 2021, cerca de 650 mil pessoas morreram por causas relacionadas ao HIV em todo o mundo, segundo a UNAIDS. A estimativa de 2021 do Ministério da Saúde mostra que 960 mil pessoas estão vivendo com HIV no Brasil. No mesmo ano, foram detectados 40,8 mil novos casos de HIV e 35,2 mil casos de AIDS. Cerca de 730 mil pessoas estão em tratamento. Neste cenário, a camisinha é o método mais eficaz de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis.

Na Bahia, foram notificados 2.480 casos de HIV adulto em 2021 e 2.664 casos em 2022. Já os casos de AIDS tiveram 1.145 registros em 2021 e 1.179 em 2021.

Em função da pandemia de Covid 19, e a consequente subnotificação, houve um decréscimo nas notificações das ISTs em 2020 e 2021 na Bahia. Entre as ISTs, a sífilis adquirida é a que tem o maior número de notificações no estado: foram 8.079 casos em 2021, e 8.778 em 2022.

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