Feira de Santana

Informatização das unidades, falta de materiais e vacinação estão entre desafios da gestão, diz secretária de saúde

De acordo com Cristiane Campos, o maior desafio da sua gestão é dar um melhor atendimento para a população.

Foto: Maylla Nunes/Acorda Cidade
Foto: Maylla Nunes/Acorda Cidade

A Secretária de Saúde de Feira de Santana, a odontóloga Cristiane Campos, destacou em entrevista ao Acorda Cidade, na manhã desta quarta-feira (8), quais são os principais desafios da sua gestão à frente da pasta.

Ela citou alguns projetos que já estão em andamento na secretaria, a exemplo da informatização das unidades de saúde.

“Tenho planejamentos que estou colocando em prática de acordo com a maior necessidade, e distribuí em vários segmentos. Já iniciamos a informatização das unidades de saúde. Isso é muito importante, porque além de facilitar o atendimento ao usuário, cada procedimento, vacina, tudo que é feito nas unidades será registrado, automaticamente, no sistema do Ministério da Saúde, que é de onde vem a verba, para investir nas próprias unidades de saúde. A gente sabe que quando o sistema é informatizado, a gente tem uma maior clareza das informações, para ter uma gestão e dados transparentes”, informou a secretária.

De acordo com Cristiane Campos, o maior desafio da sua gestão é dar um melhor atendimento para a população.

“A gente sabe que isso depende também da humanização dos funcionários. Tenho feito visitas a algumas unidades, acompanhado o atendimento nessas unidades, pedindo a humanização do atendimento por parte dos colaboradores ao receber os pacientes, os usuários, então preferi começar pela ponta. Tem o desafio também de controlar e evitar toda essa queixa de falta de material, que a gente está adequando tudo isso, e também a questão dos salários.”

Falta de materiais

Ela explicou que já foi feito um levantamento sobre a falta de materiais nas unidades de saúde e já foram abertas licitações para compras.

“O município ficou alguns meses sem recursos, de agosto a dezembro, sem dotação orçamentária, que ficou sem ser aprovada, e diante disso todo o nosso estoque foi acabando e não tinham recursos para repor. Foi feita licitação, mas não tinham verbas para comprar e o material foi acabando. Não está totalmente zerado, mas há falta de alguns, onde fizemos dispensa médica de alguns materiais e abrimos licitações também.”

Outra reclamação da população é a falta de médicos e medicamentos.

“Tenho ouvido essas queixas, denúncias que chegam e a gente apura. Não existem fatos evidenciados. Mas averiguamos toda vez que recebemos uma denúncia”, disse.

Quanto à compra de medicamentos, a secretária de saúde informou que já está buscando reforçar as aquisições.

“Essa é uma demanda muito importante, estamos vendo essa parte, principalmente de insulina, que estamos vendo dispensa para reposição. Houve sim atrasos nos medicamentos, mas já estamos repondo com agilidade para reforçar a aquisição.”

Conforme a secretária, todas as queixas da população podem ser repassadas para a ouvidoria da Secretaria de Saúde, através dos canais de comunicação 136 e o 3612-6636.

Empresas terceirizadas

Questionada sobre os contratos feitos com as empresas terceirizadas, que são alvo constante de reclamações e manifestações públicas por parte dos funcionários, devido a atraso nos salários e benefícios, a secretária Cristiane Campos enfatizou que a secretaria repassa o os recursos acordados em contrato para a empresa, e ela que é encarregada de fazer o pagamento aos trabalhadores.

“Todas as questões trabalhistas são de competência da empresa. Sobre a S3 temos conhecimento de que ela está com a segunda parcela do 13º atrasada, e estamos constantemente notificando essa empresa, estamos abrindo procedimento administrativo para investigar isso a fundo e tomar medidas, que pode ser até multa. As empresas passam por todo o processo licitatório, aprovado pela PGM (Procuradoria Geral do Município) e a diretoria geral de emissão de contratos”, resumiu.

Vacinação

A secretária de saúde salientou ainda durante a entrevista que, assim como em todo o Brasil, Feira de Santana tem enfrentado uma baixa na busca pela atualização da caderneta de vacinação e por isso a prefeitura tem feito chamamentos à população, para conscientizar sobre a importância de manter o esquema vacinal em dia.

“Nós sabemos que é um índice nacional a queda na vacinação. E algumas instituições, como a Fiocruz, o Confen, o Datasus, observam essa queda. E aqui temos feito chamamentos, campanhas, já fizemos chamadas em televisão, rádio, no site oficial da prefeitura, carros de som, porque a gente precisa incentivar a população para voltar a se vacinar. E também o que pode ter acontecido é que algumas doenças que já foram erradicadas, como o sarampo, a BCG, a coqueluche, a população acha que a doença desapareceu e não precisa vacinar. Estamos mostrando a realidade e a importância de manter o cartão de vacinação em dia.”

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