Inaugurado no ano de 1915, hoje o Mercado de Arte Popular (MAP) de Feira de Santana é um patrimônio público tombado.
O local que é bastante conhecido por ter muitos produtos de artesanato da região, já não conquista tantos turistas como antigamente. Segundo os comerciantes, o local precisa de uma ampla reforma.
Gorete Cerqueira trabalha no MAP há 25 anos. Ao Acorda Cidade ela contou que as simples manutenções estão deixando de acontecer, o que faz afastar os clientes.
“Nós precisamos de muitas coisas aqui, principalmente com relação à limpeza lá da frente. Não temos estacionamento para os turistas, quando os ônibus chegam, precisam sair logo por conta do tempo de tolerância, e se demorar, os guardas já chegam querendo multar, ainda mais depois que colocaram esse ponto de ônibus coletivo. Precisam melhorar o visual aqui do espaço para ser um local mais atrativo”, contou.
O senhor Juarez Portela da Silva chegou ao Mercado de Arte no ano de 1968. Comerciante do ramo de calçados de couro, ele também alegou algumas falhas que estão acontecendo no entreposto.
“Nós precisamos ter um movimento maior de turistas aqui no Mercado, precisamos de uma reforma, uma limpeza da área, tem o ponto de ônibus lá fora que não pode mais parar carros de turistas, então fica muito difícil trabalhar dessa forma”, afirmou.
Maria Catarina Almeida também é comerciante do Mercado de Arte Popular. Para ela, além das demandas externas, é necessário que haja divulgação do local para que os próprios feirenses possam valorizar o local.
“As nossas vendas estão devagar, infelizmente não está tendo divulgação do espaço, e acredito que o poder público poderia nos auxiliar neste momento no que for possível. O Mercado de precisa de pintura, manutenção de forma geral e estamos na expectativa para chegada de novos turistas. Além disso, a própria sociedade precisa nos ajudar, pensamos até que o movimento iria aumentar no final do ano, mas nem isso aconteceu. Estamos fazendo todos os esforços para continuar aqui, trabalho com roupa, artesanato, os turistas quando chegam aqui compram algumas lembracinhas, e assim a gente vai levando”, afirmou.
Ao Acorda Cidade, o secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Sebastião Cunha informou que algumas intervenções já estão sendo realizadas.
“Nós já fizemos algumas intervenções nos problemas que a gente entendia como mais cruciais, como a questão da energia elétrica, foram substituídos os disjuntores e estamos fazendo um novo projeto com cabeamento para o sistema de eletricidade, até porque isso estava nos preocupando. Sobre a questão de limpezas, nós estamos com um projeto de revitalização, mas ainda não foi executado pois isso iria interferir no dia a dia dos comerciantes, teríamos que interditar parte do Mercado, e isso iria afetar nas vendas”, disse.
Ainda de acordo com o secretário, com relação ao ponto de ônibus coletivo instalado ao lado do Mercado, é provável que seja transferido.
“Na próxima segunda-feira, nós teremos uma reunião com a SMT, pois iremos trabalhar no sentido de relocar aquele ponto de ônibus instalado na lateral do Mercado. Queremos aumentar aquele espaço para mais duas vagas destinadas aos turistas, com parada de até 30 minutos, e quando se fala de ponto de ônibus, nem teria como instalar um abrigo na lateral, pois o Mercado de Arte é um patrimônio tombado, e não pode ter nada instalado na frente do Mercado”, explicou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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