Política

Exonerado de Instituto, empresário aguarda posição do prefeito para permanecer no governo

De acordo com o empresário, Colbert garantiu que irá avaliar a possibilidade de colocá-lo em outro cargo.

Nau Santana - Foto - Ed Santos - Acorda Cidade (1)
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Não estou chateado”, garantiu o agora ex-presidente do Instituto da Previdência de Feira de Santana, Nau Santana, após ser exonerado do cargo, na manhã de ontem (1º).

Em entrevista ao Acorda Cidade, na manhã desta quinta-feira (2), o empresário e integrante do Partido Liberal (PL) no município, disse que não tomou como surpresa sua saída do Instituto, uma vez que foi alertado pelo prefeito Colbert Martins de que o cargo iria ser pleiteado para acomodações políticas em virtude da sua situação na Câmara de Vereadores.

“Ontem realmente saiu a minha exoneração no Diário. Na verdade, o prefeito Colbert me chamou há alguns dias dizendo que estava fazendo algumas articulações políticas, devido a essa questão da Câmara, ele estava fazendo algumas manobras e nesse primeiro momento ele queria pleitear o meu cargo, de uma forma que depois haveria um remanejamento da parte dele para com a gente. Essa conversa foi há cerca de 4 ou 5 dias, que ele me chamou e a gente conversou e eu estava a par do que estava acontecendo”, informou Nau Santana.

De acordo com o empresário, Colbert garantiu que irá avaliar a possibilidade de colocá-lo em outro cargo, que esteja mais próxima do executivo.

“Não estou chateado, porque o que ele apalavrou comigo, aconteceu. Ele disse que meu cargo seria pleiteado, e que em determinado momento me chamaria para ver um outro cargo, outra articulação política até para estar mais perto dele”, confirmou.

Nau Santana lembrou ainda que o seu papel dentro do grupo.

“Nossa história, do ponto de vista político, começou lá atrás, não cai de paraquedas. Começou na eleição de 2020, antes mesmo do prefeito Colbert. Eu era secretário do prefeito José Ronaldo, desde 2017, de relações institucionais, e no governo Colbert, a gente montou o PL aqui em Feira, eu como presidente, e elegemos o vereador Jurandy Carvalho, com quase 14 mil votos. Estávamos no contexto político. Ele me chamou recentemente para falar dessas articulações que vinham acontecendo na Câmara, ele queria fazer algumas mudanças e, segundo ele, iria me pleitear em outra situação que a gente ficou de conversar depois”, afirmou.

Militância Evangélica

Nau Santana deixou claro também a força que a militância evangélica tem angariado dentro do campo político na cidade de Feira de Santana e que muitas vezes não recebe o devido valor pelos governantes.

“Em Feira de Santana, minha militância é evangélica e hoje na cidade 30% de um eleitorado de 426 mil eleitores são evangélicos. Na última eleição para deputado estadual e federal, conforme a última pesquisa, todos os candidatos dessa linha tiveram no total 55 mil votos, então é um eleitorado muito grande, quase 12% nessas últimas eleições. Nesse âmbito político, essa militância vem brigando por espaço, pleiteiam por espaço na cidade, e é um eleitorado que existe.”

Ele adiantou que as articulações dentro do meio evangélico continuam acontecendo.

“A gente tem se reunido com vários líderes, pastores, e eles pleiteiam e têm vontade de galgar espaço em uma chapa e já está surgindo isso na cidade. Então eu venho dessa linhagem e estava na Previdência por causa dessas questões políticas. Existe uma força nos evangélicos que não é enxergada pelos políticos, um eleitorado grande, que quer ocupar espaço, está se organizando e pleiteia”, frisou.

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