Referência no Triatlo, feirense busca apoio para participar de mundial na Espanha

Entre os dias 29 de abril e 7 de maio, a cidade de Ibiza, na Espanha, receberá atletas de todo o mundo para o Campeonato Mundial de Triatlo Multiesportivo 2023. São esperados para este evento cerca de 5 mil competidores e um público de aproximadamente 20 mil pessoas na ilha.

Entre os participantes da competição estará o triatleta e professor de educação física Gervásio Dionísio da Silva, de Feira de Santana.

Aos 54 anos de idade, o competidor feirense acumula em sua bagagem vários títulos em eventos esportivos realizados em todo o Brasil e na América Latina. Somente em competições que ocorreram na região Norte-Nordeste, foram 8 premiações, 13 em campeonatos brasileiros, 3 pan-americanos, vários títulos baianos, além de duas participações em Copas do Mundo e em mundiais.

“Agora em março, eu completo 30 anos praticando o Triatlo, e durante esse período a gente vem se dedicando com toda a determinação, toda destinação para estar sempre ativo. Ao longo desse período, a gente conseguiu bons resultados, bons títulos e espero que esse ano de 2023 não seja diferente”, contou o atleta em entrevista ao Acorda Cidade.

O triatlo combina três modalidades esportivas: a natação, o ciclismo e a corrida, sem interrupção entre elas. O esporte olímpico nasceu nos Estados Unidos, em 1974. Os atletas disputam o título realizando provas de 1.500 metros de natação, 40 quilômetros de ciclismo e 10 quilômetros de corrida.

“São esportes distintos, mas um completa o outro. Algumas pessoas me perguntam se a gente tem um descanso de uma modalidade para outra durante a prova, e eu respondo que não, é uma sequência, finalizando um e entrando no outro. Eu tinha 14 anos e, assistindo ao Globo Esporte, passou uma das provas do Triatlo do Havaí, e aquilo me chamou a atenção, pois eu já fazia natação desde o 9 anos. 10 anos depois eu entrei no Triatlo e estou até hoje”, revelou Gervásio Dinísio.

Convocação

O professor de educação física já participou do mundial de Chicago (EUA), em 2015, e do Canadá, em 2017. Este ano, o desafio é arrecadar recursos financeiros que garantam a sua participação no mundial de Ibiza, na Espanha.

“A parte financeira, o custo, é muito alto. Em 2015, eu consegui ir para Chicago, nos Estados Unidos, e participei do mundial. Em 2017, fui para o Canadá, e agora em 2023, estou indo para Ibiza, na Espanha. É a primeira vez que estou indo para a Europa, e eu espero que possa representar bem a cidade, o estado e o país.”

Segundo ele, a convocação para a competição espanhola surgiu após sua participação no Campeonato Brasileiro de Longa Distância, no ano passado.

“Consegui a classificação para poder participar do mundial, que é uma prova que para você ter acesso e conseguir competir tem que se classificar e não é qualquer atleta que pode participar. Você tem que participar de uma prova oficial no seu país, conseguir essa classificação e, em seguida, vem a convocação pela Confederação Brasileira. E aí a gente se organiza para poder fazer a inscrição, comprar passagem, hospedagem, entre outras coisas.”