O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, divulgou um vídeo nas redes sociais, na noite desta terça-feira (24) para cobrar do governo do estado ações mais efetivas nas áreas da saúde e da segurança pública para o município.
O gestor apontou que há uma escalada da violência em Feira de Santana e citou os dados de homicídios praticados nos 24 dias do mês de janeiro.
“No dia 12 de janeiro, eu estava conversando com vocês que a violência estava muito forte em Feira de Santana. Até aquele momento, tinha 16 homicídios. Hoje, 24 de janeiro, 34 pessoas já morreram, 34 famílias já perderam seus entes, e a escalada de violência continua a aumentar na nossa cidade. As pessoas estão com medo, estão trancadas em casa, e os bandidos, esses aí estão soltos nas ruas”, afirmou.
O prefeito Colbert Martins falou também sobre as mortes de pessoas da comunidade LGBT na Bahia e voltou a criticar o envio de 70 policiais para compor as forças de segurança em Brasília, em virtude dos atos antidemocráticos realizados na sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
“A violência cresce na Bahia também na comunidade LGBT, é o local onde mais morreram pessoas LGBT no Brasil. Em São Paulo, um estado daquele tamanho, 25; em Pernambuco, 20, e Minas Gerais, que é muito maior do que a Bahia, 18. Enquanto isso, em Brasília, 70 policiais baianos estão tomando conta de prédio público. Está na hora de eles voltarem para proteger a sua vida, as nossas vidas. A violência não para, e uma ação policial que aconteceu aqui em Feira, rapidamente foram embora, voltaram os policiais para todos os seus lugares e a violência continua. Não é responsabilidade dos policias, a responsabilidade é do governo. Essa é uma ação importante e necessária, que não dá para ser feita a não ser pelo próprio governo”, argumentou.
Quanto à área da saúde, Colbert Martins condenou a demora nas transferências da fila de regulação do estado.
“Ao lado disso, 29 pessoas estão na fila da regulação, inclusive crianças de 2 e 5 anos. Tem uma pessoa que aguarda há 13 dias com hemorragia digestiva. Tem uma mulher de 45 anos aguardando com encefalopatia. Essas pessoas estão buscando a vida, e é necessário que elas tenham o direito à vida. A regulação é para salvar, não é para provocar mortes”, disse.
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