Feira de Santana

Mãe não consegue medicamento de alto custo pelo SUS para filho com doença grave na pele

O garoto foi diagnosticado com dermatite atópica grave e sofre com as feridas e bolhas espalhadas pelo corpo.

Garoto diagnosticado com dermatite atópica grave e sofre com as feridas e bolhas espalhadas pelo corpo. (Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade)
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A dona de casa Edísia de Jesus Reis, 31 anos, moradora do bairro George Américo, sofre por ver o filho, Gabriel de Jesus Santos, de 6 anos, ficar sem dormir direito à noite e precisar tomar calmantes.

O garoto foi diagnosticado com dermatite atópica grave e sofre com as feridas e bolhas espalhadas pelo corpo, que coçam e o incomodam o tempo todo, afetando completamente a sua rotina.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a mãe relatou que o problema começou quando Gabriel tinha apenas 8 meses.

Mãe não consegue medicamento pelo SUS e pede ajuda da comunidade. (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Apareceram umas manchas, e a médica pediatra disse que eram assaduras. Aí fez um tratamento e melhorou. Quando foi em 2019, começou a sair no solado do pé. Ele ficou internado no Hospital Estadual da Criança (HEC), e o médico deu o diagnóstico que era dermatite atópica, porém não falou mais nada. Quando secou, foi embora. Em junho do ano passado, começou a estourar no corpo todo, mas só a parte do joelho para baixo, depois começou a tomar o corpo todo”, contou a mãe.

De acordo com Edísia de Jesus, ao ver a situação do filho, foi com ele para São Paulo em busca de tratamento.

Garoto diagnosticado com dermatite atópica grave e sofre com as feridas e bolhas espalhadas pelo corpo. (Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade)
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“A gente foi por conta própria para São Paulo e ele fez um tratamento durante quatro meses lá. Quando a gente voltou em fevereiro, ele começou a fazer em Salvador, no Hospital das Clínicas. Lá fizeram a biópsia, internaram ele, e deram o diagnóstico de dermatite atópica grave. Eu não sabia o que era na verdade, porque apareciam umas feridas, carocinhos, coçavam, depois fechavam de novo e a gente ficava sem saber o que era. Em junho do ano passado piorou”, informou.

A dona de casa relatou que as feridas coçam bastante e o menino sente fortes dores. Na última semana, Gabriel também teve febre e para dormir precisa tomar calmantes.

Garoto diagnosticado com dermatite atópica grave e sofre com as feridas e bolhas espalhadas pelo corpo. (Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade)
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Ele coça bastante e em algumas partes ele sente dores. E de terça para cá ele teve febre também. As feridas estão nas costas, nas pernas, no bumbum, na região íntima também saiu, na parte do cotovelo. Ele coça bastante e está tomando calmante para poder dormir. A família está sempre aqui comigo me ajudando bastante, amigos.”

Conforme Edísia de Jesus, ela foi até a Secretaria de Saúde de Feira de Santana em busca de um especialista, e o órgão a encaminhou para um médico de Salvador.

“Eu procurei a Secretaria de Saúde e eles me encaminharam para o Hospital das Clínicas. Eu fui até a secretaria em busca de um especialista, porque quando eu vim de São Paulo trouxe um relatório médico. Eles me encaminharam para Salvador e graças a Deus eu consegui.”

Mãe não consegue medicamento pelo SUS e pede ajuda da comunidade. (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Gabriel de Jesus toma 13 tipos de medicamentos, sendo que o mais custa R$ 500.

“Ele toma 13 tipos de medicação. O mais caro custa R$ 500, que só dura 1 mês e uma semana, tem uma pomada, que custa R$ 52, e vai dependendo da farmácia e do fabricante. Estamos precisando de ajuda para comprar a medicação dele. Não posso trabalhar devido à situação dele, não tenho renda nenhuma, o pai dele está desempregado e faz bicos.”

O medicamento que custa R$ 500 é o ciclosporina para microemulsão de 100 mg/ml. Segundo a dona de casa, ela obteve o direito de conseguir o remédio de forma gratuita desde outubro, porém até hoje só conseguiu uma unidade.

Mãe não consegue medicamento pelo SUS e pede ajuda da comunidade. (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Eu consegui um frasco em outubro do ano passado pela Defensoria Pública, só que era para eu pegar mais um em novembro e até agora não consigo. Todo dia eu ligo para a farmácia e não chegou ainda. Consegui em uma farmácia do município, e eles estão sem essa medicação”, revelou.

A dona de casa pede ajuda para conseguir custear o tratamento do filho e quem puder ajudar a família com doações em dinheiro ou de medicamentos pode entrar em contato com a mãe através do telefone 75. 98232-5222

“Está muito difícil, eu não aguento, é Deus que me sustenta. Não aguento mais ver meu filho nesta situação, e não poder fazer nada”, lamentou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Inscrever-se
Notificar de
12 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários