Feira de Santana

Volta às aulas: preços do material escolar disparam e consumidores reclamam em Feira de Santana

O Procon de Feira de Santana fez uma pesquisa de preços dos principais produtos. Veja no final da matéria.

Material Escolar
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Com a lista na mão e muita disposição para pesquisar preços, a dona de casa Geysa Barbosa Vieira Dias visitou várias papelarias para comprar material escolar. Segundo ela, a filha estuda em uma escola particular da cidade e foram muitos itens solicitados, tanto para serem levados para a unidade, quanto de uso pessoal da criança.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“A diferença de preços é grande, temos que pesquisar bastante, porque de uma livraria para outra compensa você pesquisar. Vim comprar materiais para levar para a escola e de uso pessoal. É muita coisa, vou gastar na faixa de R$ 600 só com os materiais de uso pessoal, fora os da escola”, afirmou.

Pesquisando em vários estabelecimentos Geysa Barbosa sentiu que os valores estão bem elevados, em comparação com o ano passado.

“Caderno está caro, está tudo caro, não tem nada barato, já fui em cinco lojas hoje. No pós-pandemia, apertou, e tem que pesquisar para achar o mais barato, andar bastante”, destacou.

A psicóloga Marcely Ferreira Aguiar confirma que os preços dos materiais estão bastante elevados.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Comparando com o ano passado, estão bem mais salgados os preços. Vim comprar mochila, caderno e marca-textos. As mochilas subiram bastante, o que está mais ou menos são os lápis, canetas, marca-texto, agora os preços dos demais estouraram. Em algumas livrarias a diferença é pouca”, informou à reportagem do Acorda Cidade.

Na opinião da psicóloga, muitos materiais pedidos nas listas pelas escolas acabam não sendo utilizados durante o ano, e tantos itens acabam pesando no bolso dos pais.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“As escolas deveriam rever as listas, porque acabam pesando no orçamento da família. As escolas pedem classificadores, muitas borrachas, lápis, lápis de cor, principalmente para educação infantil, então é muita coisa”, reclamou.

O vendedor João Oliveira Santos, que trabalha em uma livraria da cidade, acredita que o movimento de consumidores em busca de materiais escolares deve aumentar ainda mais a partir da terceira semana de janeiro, quando se aproxima o retorno das aulas.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“A gente está aguardando um movimento maior a partir da terceira semana de janeiro, lá para o dia 20 em diante, que começa a movimentação maior, porque as aulas começam dia 30. E geralmente o pessoal deixa para a última hora”, afirmou.

Com relação aos preços, ele acredita que o reajuste está dentro do padrão.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Não só aqui, mas em todos os lugares tiveram alguns reajustes, mas o aumento não foi tão alto. Está dentro do padrão. Aqui os preços estão bons, a gente sempre faz o orçamento para o cliente e a maioria sempre volta. Mochila está vendendo bastante, cadernos, mais lá para frente vende mais. Chega uma época que aqui fica cheio para o final de janeiro”, disse.

Roque Medeiros, proprietário de uma papelaria na Avenida Senhor dos Passos, revelou que a procura pelo material escolar começou desde o final de dezembro e vai continuar até o final de fevereiro.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“As vendas de materiais escolares têm um aquecimento a partir do final de dezembro e início de janeiro. Estamos tendo um crescimento gradativo e relativamente bom. A gente pega esse movimento de volta às aulas até o final de fevereiro. Nós vendemos todos os materiais que o aluno precisa para a escola, a lista sai completa da nossa loja”, afirmou.

Os preços, segundo ele, sofreram um reajuste dentro da inflação.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Com relação aos preços tiveram pouco acréscimo, cobriu mais ou menos a inflação, em torno de 5 a 8%, em comparação com o ano passado. Os produtos mais procurados no momento são mochilas e cadernos. Nosso estoque está bom porque nos preparamos cerca de oito meses antes da volta às aulas, então desde o mês de outubro estamos com todo o material e o estoque completo”, disse.

Mesmo com a elevação dos preços do material escolar, o empresário acredita que as vendas irão superar às dos anos anteriores.

“As vendas este ano devem superar o ano passado, mesmo porque vamos ter um ano completo de volta às aulas, todas as escolas funcionando. No ano passado e retrasado a pandemia nos atrapalhou um pouco”, contou.

Confira a pesquisa realizada pelo Procon de Feira aqui.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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