A salada vinagrete, feita com tomate, cebola e outros ingredientes, está muito mais cara. O motivo é a elevação do preço do tomate, que disparou em Feira de Santana, assustando os consumidores. O alimento, que também é consumido em molhos e outras preparações do dia a dia, é rico em nutrientes como licopeno, vitaminas e sais minerais.
No Centro de Abastecimento, por exemplo, o reajuste gira em torno de 60% para os clientes que compram nas bancas, já para os que compram a caixa na Ceasa, o aumento ultrapassa os 50%, variando entre os fornecedores. E o preço chega a ser ainda mais salgado se os consumidores compram em hortifrútis ou supermercados.
Funcionário de um restaurante no centro da cidade, Antônio Morais já pensa em como fará substituições ou redução do uso do tomate nas preparações dos alimentos e da salada para os clientes, visto que o preço do produto aumentou muito.
“Está de R$ 150 a caixa, antes eu comprava de R$ 50, 60, 70. É complicado, mas dá para substituir. Misturo com pepino, repolho, e por aí vai, mas sempre tem que ter o tomate, isso é importante”, comentou, em entrevista ao Acorda Cidade.
A feirante Marli Marques considera que a alta do produto foi inesperada. “O quilo está na faixa de R$ 10. O cliente se assusta logo de cara, porque na semana passada estava de R$ 6 e agora aumentou”, contou.
Segundo ela, já a cebola branca e a vermelha tiveram redução. “Só o tomate que deu esse aumento, certamente por conta das fortes chuvas e daí o que acontece é que perde um pouco da safra e chega caro para os consumidores”, disse.
A vendedora Cremilda Bispo, que também comercializa legumes e verduras no Centro de Abastecimento, contou que esta semana comprou a caixa do tomate por R$ 160.
“Antes eu comprava por R$ 80 a R$ 100, variava. Estou vendendo o quilo a R$ 10, semana passada vendia de R$ 7. O cliente chia, fala que estamos roubando, é nome que a gente recebe. Já a cebola baixou, está de R$ 8 e semana passada estava de R$ 10”, informou.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o economista René Becker destacou que a elevação dos produtos da cesta básica ocorre em qualquer período do ano, em função da lei da oferta e da demanda.
“Os preços dos produtos da cesta básica sofrem aumento, não só neste período, mas em qualquer período do ano, a partir do momento em que há uma relação muito clara: que é a diminuição da oferta, ou por perda de safra ou por outros fatores que venham a interferir. Houve queda brusca na produção agrícola e os preços sofreram avaliações para cima. Se há previsão de aumento, é muito difícil fazer uma projeção, porque o que vai definir será uma regra muito clássica da economia: a oferta e a procura”, explicou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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