Não foi só a Polícia Militar do Distrito Federal que falhou ou foi conivente com a invasão por uma minoria de bolsonaristas radicais no Palácio do Planalto.
A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que a própria segurança da sede do Executivo Federal também falhou no domingo (8), quando o local de trabalho da presidência foi invadido e depredado.
Segundo assessores de Lula, é preciso investigar o que aconteceu com essas equipes no dia da invasão.
A guarda presidencial estava em número abaixo do recomendável no subsolo do Planalto – e não foi acionada a tempo para conter os invasores.
Enquanto isso, militares que cuidavam da segurança do Planalto relutaram em prender os terroristas, e optaram por tentar negociar uma saída do prédio.
Um assessor direto de Lula afirmou ao g1 que o que aconteceu no domingo serve de alerta para uma reavaliação completa do esquema de segurança do Planalto, de modo a evitar uma nova invasão.
Abin e GSI
Alguns assessores disseram ao blog que ainda há militares ligados a aliados de Bolsonaro no Gabinete de Segurança Institucional e na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o que pode ter contribuído para as falhas.
Os servidores da Abin, por exemplo, defendem que o órgão deixe de ficar subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional e passe para o guarda-chuva de um secretaria chefiada por um civil.
O GSI é comandado por militares. No governo Lula, o ministro é o General Marco Edson Gonçalves Dias, homem de confiança do presidente.
Novo secretário de segurança
A equipe de Lula também já se prepara para o próximo mês, quando acabar a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.
Os assessores defendem que a Presidência da República acerte a escolha do novo secretário distrital com o governo do Distrito Federal. Cabe ao DF o esquema de proteção dos prédios públicos federais ao longo da Esplanada dos Ministérios.
Segundo um assessor da presidência, o secretário de Segurança tem de ser alguém com trânsito com o ministro da Justiça, Flávio Dino, para atuar de forma coordenada com o governo federal.
Essa coordenação é especialmente importante quando há algum tipo de protesto ou ameaça de invasão a prédios públicos em Brasília, a exemplo do último domingo.
Fonte: G1
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