Mãe de seis filhos, Maria Cleide Pereira, moradora da Rua VP 17, conjunto Viveiros, sobrevive há anos com os esforços que consegue fazer e da ajuda que recebe de conhecidos.
Além sofrer com a falta de alimentos e problemas na moradia, Maria possui três filhos com problemas de saúde. Um deles é uma adolescente de 17 anos que nasceu com hidrocefalia, uma condição em que há o aumento da quantidade de líquido no cérebro.
“Tenho uma filha especial de 17 anos, Joseane, ela já nasceu com hidrocefalia. E tenho dois filhos que possuem problemas na cabeça, não foram levados ao médico ainda, porque não tive condições”, lamentou.
Maria Cleide relatou que o pai dos seus filhos não mora mais com ela, no entanto, contribui ajudando a família dentro das suas condições.
“O pai dos meus filhos não mora mais comigo, mas ele contribui. Se ele não contribuísse a gente já tinha morrido de fome, mas não é o suficiente para sustentar sete pessoas”, contou.
Dificuldades
Falta de alimentação e problemas na moradia são as principais dificuldades apontadas por Maria Cleide. Além de problemas no imóvel.
“A maior dificuldade é a alimentação e a casa que molha tudo, a gente tá na mão de Deus. Tem uma bica ali que quando chove derrama água e molha tudo aqui dentro de casa”, disse.
Maria pontuou que está sobrevivendo com a ajuda de alguns conhecidos.
“Há muitos anos vivemos nessa situação. Eu peço ajuda para as pessoas conhecidas. Não é todo mundo que vou pedir socorro, mas peço a algumas pessoas que sei que vão me ajudar e divido a minha situação”, explicou.
Joseane Cruz de Sena, filha de Dona Maria, precisa de uma cama adaptada, fraldas e outras necessidades.
“A minha filha precisa de muita coisa, como de uma cama que eu possa colocar ela no quarto. Ela dorme comigo na cama e é muito apertado para ela. Preciso de ajuda para terminar a frente da casa, porque eu não tô conseguindo terminar para poder ter um espaço maior na casa para minha filha”, descreveu.
Joseane faz tratamento e usa um medicamento de uso contínuo, segundo a mãe sem os tratamentos ela não estaria mais viva.
“Ela passa pelo médico de cabeça e também sempre que adoece ela vai para o Hospital da Criança. Ela usa medicamento de uso contínuo para evitar convulsões, o Valproato de Sódio. A última vez que eu comprei custou R$ 23. A duração do medicamento varia, porque quando consigo no posto pode vir três, quatro, cinco caixas, depende… Se no posto tiver muito eles me dão”, elencou.
Somente a filha de Dona Maria Cleide recebe auxílio do Governo.
“Ela recebe um salário que usamos para todo mundo, para o gás, para a luz, para tudo”, compartilhou.
As pessoas podem ajudar da forma que puderem, relatou Maria Cleide.
“As pessoas que estão vendo a nossa situação podem ajudar com alimento, com dinheiro, pagando um recibo de luz”, disse.
Uma vizinha que acompanha e ajuda Dona Maria, Luciana Santos Furtado, que há mais de 35 anos mora no conjunto Viveiros, disse ao Acorda Cidade que a residência está com 11 recibos de energia vencidos.
“Quando eu não posso eu peço para quem pode. Estou com 11 recibos de energia dela para pagar, inclusive a luz já foi cortada. Eu peguei os recibos para ver se eu encontro pessoas para adotarem cada recibo porque são muito caros. Juntando os valores devem dá mais de R$ 900. Estou tentando encontrar padrinhos para adotar um desses recibos e pagar”, informou.
Luciana revelou que a família possui muita necessidade de produtos de higiêne para criança e botijão de gás.
“São pessoas abençoadas, porque para viverem até hoje do jeito que eles vivem, Deus deve abençoar todos os dias, porque é difícil”, apontou.
Quem puder ajudar, pode entrar em contato com a vizinha de Maria Cleide, Luciana Santos, pelo número: (75) 99153-3941.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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