Em virtude dos grandes volumes de chuvas que incidem sobre Feira de Santana desde o dia 1º de janeiro, a Defesa Civil do município se mantém em estado de alerta e busca mapear os pontos mais críticos de alagamentos.
Segundo a coordenadora do órgão municipal, Anna Karoline Rebouças, segundo os dados estatísticos, já choveu mais de 30 milímetros em Feira, desde o início das chuvas, e a previsão é que chova mais nos próximos dias, diminuindo as ocorrências a partir do próximo final de semana.
“A tendência é dessas chuvas irem diminuindo, mas já no final da semana. Até esta quarta ou quinta-feira ainda teremos chuvas no município, assim como em todas as regiões, que estamos acompanhando e estão tendo chuvas também em grandes volumes. Estamos ainda fazendo o levantamento de algumas áreas onde temos ocorrências de pontos de alagamentos, mas até o momento não tivemos desabrigados”, informou Anna Karoline Rebouças.
Plano de Drenagem
Os bairros com maior número de ocorrências, segundo ela, geralmente são Baraúna, Queimadinha, Campo Limpo, Gabriela e Rua Nova. Nestes locais, as equipes da Defesa Civil fazem o monitoramento maior.
“São áreas que a gente já vem procurando mecanismos para tentar solucionar algumas situações de pontos mais graves de alagamentos que existem. Estamos tentando buscar um plano de drenagem com outras secretarias, porque a Defesa Civil é um órgão de articulação. A gente aponta os problemas através de alguns mapas internos e mostra para as outras secretarias os pontos de correções, principalmente na drenagem. Esse levantamento foi feito pela Defesa Civil, encaminhamos aos órgãos que executam esses serviços de drenagem e obras, e está sendo analisado pelos engenheiros da prefeitura”, explicou.
Conforme a coordenadora da Defesa Civil, até o momento não foi averiguado nenhum ponto com risco de desastre em Feira de Santana.
“A chuva agora diminuiu, e a tendência é a gente conseguir fazer um levantamento mais específico, mas até o momento a gente não tem risco de desastre. Em alguns pontos a gente fica bastante preocupado, como na Baraúna mesmo, a Rua da Lama, que está com bastante água, as águas todas que vêm daquelas ruas secundárias descem para aquela rua, e a Rua Nova tem uma situação também de uma baixada que as casas ficam bem no final, tem a região dos Três Riachos, a da Queimadinha e do Feira X, que já teve ocorrências de óbitos, assim como em toda a cidade, pois a gente não deixa de se preocupar com outros bairros, apesar de terem alagamentos menores”, pontuou.
Distritos
Em relação aos distritos, na zona rural de Feira de Santana, a coordenadora da Defesa Civil observou que até o momento não houve registros de ocorrências.
“Nos distritos a gente tem diversos contatos. O que eles questionam mais é a questão das estradas, porque ficam sem poder acessar outras localidades, mas até o momento a gente não teve ocorrências. Vamos fazer esses levantamentos para obter essas informações, mas até o momento não tivemos nenhuma informação de que alguma estrada ou acesso impediu de eles passarem”, informou.
Anna Karoline frisou que a falta de drenagem adequada em alguns locais é que prejudica o escoamento das águas das chuvas.
“Muitas vezes a questão da drenagem não é compatível com o volume. Às vezes, cai um volume de água muito grande, em um período curto, e acaba não tendo a vazão suficiente. Por exemplo, a Maria Quitéria tem um ponto de alagamento, mas ela consegue escoar mais rápido, então são esses mecanismos que estamos tentando com as outras secretarias para melhorar a situação. Não tem como eliminar tudo, mas ao diminuir tem o escoamento mais rápido, e o plano da drenagem é para minimizar essa situação do município”, destacou.
A coordenadora do órgão municipal ressaltou que a equipe fica de plantão durante 24 horas, para verificar as ocorrências.
“Como a gente tem o apoio das demais secretarias, a gente consegue dar o apoio mais rápido à população. A gente recomenda sempre que as pessoas procurem ter cuidado consigo, que saiam do ambiente inseguro, que está alagado, evitem estar em contato com a água e tirem o que for necessário de casa, como documentos, remédios; desliguem as fontes de energia, que podem entrar em contato com a água, e acabar gerando um acidente, e liguem para o 156 ou o Corpo de Bombeiros, se for necessário”, orientou.
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