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Caminhando juntos

E os desafios, infelizmente, não são poucos: guerras, alterações climáticas, desigualdades, desemprego, migração e o “escândalo dos povos famintos”.

Foto: Pixabay
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O Papa Francisco publicou uma mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2023, celebrado em primeiro de janeiro. Ele faz um convite para refletir sobre as lições deixadas pela pandemia e pela guerra na Ucrânia e indica o caminho para a paz: “É juntos, na fraternidade e solidariedade, que construímos a paz, garantimos a justiça e superamos os acontecimentos mais dolorosos.”

O TEMA escolhido pelo Papa é: “Ninguém pode salvar-se sozinho. Juntos, recomecemos a partir da Covid-19 para traçar caminhos de paz”. “A Covid-19 desestabilizou nossa vida quotidiana, mudando nossos planos, subvertendo a aparente tranquilidade mesmo das sociedades mais privilegiadas, gerando desorientação, sofrimento e causando a morte de tantos irmãos e irmãs.” Então vem a pergunta: “O que aprendemos com essa situação de pandemia?”.
O PAPA Francisco não tem dúvidas: “A maior lição que a Covid-19 nos deixa em herança é a consciência de que todos precisamos uns dos outros, que o nosso maior tesouro, ainda que o mais frágil, é a fraternidade humana, fundada na filiação divina e que ninguém pode salvar-se sozinho”. Por conseguinte, é urgente buscar e promover, juntos, os valores universais que traçam o caminho desta fraternidade humana.

O SEGREDO, aponta o Papa, está na palavra “juntos”: “Com efeito, é juntos, na fraternidade e solidariedade, que construímos a paz, garantimos a justiça, superamos os acontecimentos mais dolorosos. De fato, as respostas mais eficazes à pandemia foram aquelas que viram grupos sociais, instituições públicas e privadas, organizações internacionais unidos para responder ao desafio, deixando de lado interesses particulares.”

OUTRA lição deixada pela pandemia é que as crises morais, sociais, políticas e econômicas estão interligadas. “E assim somos chamados a enfrentar, com responsabilidade e compaixão, os desafios do nosso mundo.” E os desafios, infelizmente, não são poucos: guerras, alterações climáticas, desigualdades, desemprego, migração e o “escândalo dos povos famintos”.

COMPARTILHO essas reflexões com a esperança de que, no Novo Ano, possamos caminhar juntos valorizando tudo o que a história nos pode ensinar”. “Desejo a todas as pessoas de boa vontade que possam, como artesãos de paz, construir dia após dia um ano feliz! Maria Imaculada, Mãe de Jesus e Rainha da Paz, interceda por nós e pelo mundo inteiro”, conclui o Papa.

Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
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