Feira de Santana

Com preços elevados, comerciantes do Centro de Abastecimento lamentam vendas fracas no Natal

Segundo comerciantes, muitos produtos estão com preços altos devido às chuvas.

Comerciantes lamentam vendas fracas no Natal no Centro de Abastecimento. (Foto: Paulo José/Acorda Cidade)
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Em virtude dos preços altos alguns produtos tiveram baixa procura no Centro de Abastecimento, em Feira de Santana, e os comerciantes avaliaram que as vendas foram abaixo do esperado nos dias que antecederam o Natal.

De acordo com o comerciante Jorge Luiz de Araújo, conhecido no local como Jorge da Pinha, que trabalha vendendo frutas no atacado, para ele as vendas não foram boas, apesar de muita gente ter circulado pelo Centro de Abastecimento no período anterior à festa.

“A gente que vende no grosso, o movimento foi muito fraco. O pessoal do atacado vendeu, mas não foi o esperado. Não foram aquelas vendas bem sucedidas, porque tinha bastante concorrência. Tanto que o pessoal que compra com a gente, os feirantes, estão reclamando muito que sobrou bastante mercadoria e com isso as vendas foram fracas para a gente. Eu vendi bastante melão, uva, goiaba, mas vendas fracas. Em comparação com o ano passado, vendi uma média de 25 a 30% a menos”, afirmou em entrevista ao Acorda Cidade.

Comerciantes lamentam vendas fracas no Natal no Centro de Abastecimento. (Foto: Paulo José/Acorda Cidade)
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Ele atribui a baixa procura dos consumidores à data em que caiu o feriado natalino e também ao reajuste elevado de alguns produtos que normalmente são bem utilizados na ceia, como a uva, a pera e a maçã.

“Eu atribuo ao período, à data que caiu no sábado, aí as vendas não bombaram. Houve reajuste nas frutas, como a uva e o melão, de seus 40 a 50%. Uma caixa de frutas que estava custando R$ 80, os produtos reajustaram, e a gente teve que repassar aqui para os comerciantes”, informou.

Comerciantes lamentam vendas fracas no Natal no Centro de Abastecimento. (Foto: Paulo José/Acorda Cidade)
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Ele informou ainda que a maioria das frutas que comercializa vem de outros estados, e alguns produtos tiveram aumento de preço por conta das chuvas.

“As frutas vêm de juazeiro da Bahia, como a uva, goiaba, melão, acerola, já a maçã vem do Rio Grande do Sul. A maçã não vendeu bem, muita gente estava reclamando. A uva também teve reajuste por conta das trovoadas na região e a fruta não aguenta muita chuva, aí as pessoas que têm parreiral e tiram 200 caixas de uva, a doença dá na fruta, e só tira 50 a 70 caixas, diminui 30 a 40% da retirada”, disse.

Diante dos resultados negativos para o Natal, o comerciante não espera boas vendas também para a semana do Réveillon.

“O Réveillon vende menos ainda, o movimento é fraquíssimo. Tanto que a gente carrega boa parte da mercadoria para chegar aqui na sexta, e eu mesmo vou diminuir 50% das minhas vendas, mas graças a Deus deu para pagar os fornecedores, sobrou um pouco, mas deu”, completou.

Comerciantes lamentam vendas fracas no Natal no Centro de Abastecimento. (Foto: Paulo José/Acorda Cidade)
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Trabalhando há 40 anos no setor de hortifrúti da Ceasa, no Centro de Abastecimento, o comerciante Marcos, conhecido como Rei do Coco, preferiu trabalhar este final de ano somente com o abacaxi e coco ralado, apesar de vender também outras frutas da estação.

Ele disse que o reajuste ocorreu mais para os produtos importados, como pera, maçã, que subiu quase 200%, pois a caixa custava R$ 70 e foi para R$ 200, com 150 unidades.

Comerciantes lamentam vendas fracas no Natal no Centro de Abastecimento. (Foto: Paulo José/Acorda Cidade)
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

“A pera, kiwi e o pêssego também teve reajuste. Mas algumas pessoas compraram assim mesmo. Eu vendi mesmo o coco e abacaxi. O coco ralado eu vendo bem porque as donas de casa não querem mais ter trabalho pra ralar o coco”, comentou.

A vendedora Claudia Ferreira Vieira, que comercializa verduras, também amargou vendas fracas semana passada.

“A cenoura está R$ 7, está de R$ 60 a saca, e antes eu comprava de R$ 40, 35. A cebola baixou um pouco, estávamos comprando de R$ 100, 110, e agora estamos comprando de R$ 80. E o movimento foi fraco”, disse.

Comerciantes lamentam vendas fracas no Natal no Centro de Abastecimento. (Foto: Paulo José/Acorda Cidade)
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Já para a comerciante Marli Moreira, que trabalha com verduras, apesar dos preços elevados, conseguiu vender bem suas mercadorias. “As vendas foram boas, apesar dos preços altos, infelizmente. Vendi tudo, e os produtos mais procurados foram o tomate, a batata, cebola, que são os que mais se usam no dia a dia”, contou..

Ela disse que o preço da batatinha aumentou muito, por conta da chuva forte, como também o tomate.

“Os caminhões não entraram nas roças, então quem pôde trazer, foi com preço muito caro. A saca da batata está variando em R$ 250, e eu comprava de R$ 150. E o quilo que antes era R$ 5, estamos vendendo de R$ 7, subiu R$ 2. O tomate também aumentou muito, está R$ 7 o quilo. Para fazer a salada o consumidor vai pagar um pouco mais caro. Mas esse ano foi melhor que no ano passado, a pandemia cessou mais, e vendemos mais”, avaliou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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