O condutor da Van que atropelou e matou a motociclista Karine Cordeiro Silva, 33 anos, na manhã do último sábado (10), se apresentou nesta sexta-feira (16) no Complexo de Delegacias, no bairro Sobradinho, em Feira de Santana, acompanhado pelo advogado André Coutinho,.
Ao Acorda Cidade, o advogado informou que o motorista não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e explicou que o condutor tentou evitar o acidente jogando o veículo contra o canteiro central da Avenida Olímpio Vital, mas acabou atingindo a motociclista.
“Ele alegou ao delegado que a Van faltou freio justamente na descida, e neste sentido, tentou ao máximo possível diminuir a velocidade do carro, jogando contra a grade do canteiro central, ali do lado esquerdo. Logo depois ele abriu ao máximo para entrar à direita na Avenida de Canal, porém o carro perdeu o controle e atingiu a vítima que foi a óbito”, explicou.
De acordo com o advogado, o motorista trabalha conduzindo passageiros há cerca de dois meses.
“Ele não tem CNH, mas já estava trabalhando há dois meses. O meu cliente cursou até a 5ª série, é semianalfabeto, era pedreiro, mas uma pessoa que dirige há um bom tempo sem habilitação e nesta condição, ele que também tem seis filhos e no ramo da construção, ele não estava conseguindo a oportunidade de emprego, e foi como motorista que ele conseguiu levar o leite para casa”, disse.
Questionado sobre as garrafas de cerveja que estavam dentro do veículo, o advogado André Coutinho afirmou que era de um passageiro.
“O meu cliente faz a linha para o povoado dentro de São José, então ele segue do distrito de lá, até a Praça do Tropeiro, que é o ponto final. Neste percurso, ele carregou vários passageiros, deixando a maioria ali no ponto da Getúlio com a Senhor dos Passos e foi completar o percurso, tanto que no momento da colisão, havia dois passageiros, na qual já temos os telefones e serão testemunhas para afirmar o que realmente aconteceu, principalmente com essa questão da falta do freio no veículo. Um dos passageiros inclusive tem um bar no distrito de São José, e ele estava com garrafas para trocar no Centro de Abastecimento, estavam dentro de uma caixa plástica, e podemos comprovar que estas garrafas eram deste passageiro”, disse.
Ainda segundo o advogado, a van tinha saído da oficina há dois dias após ter feito um processo de revisão, e explicou o motivo do cliente não ter prestado socorro no momento do acidente.
“Ele não comentou comigo sobre a condição do veículo, mas explicou que a Van tinha saído da oficina tinha dois dias. No momento do acidente, ele perdeu o celular, inclusive isso será juntado no inquérito, porque será preciso comprar outro chip e utilizar o mesmo número, o que comprova que no momento ele ficou sem celular e quando os populares chegaram, queriam linchar ele. Por medo, ele saiu correndo no sentido da Getúlio Vargas. Ele mora no bairro da Mangabeira, e quando viu aquela situação que ele poderia ser agredido, ficou com medo e por estar sem celular no momento, também não teve condições de entrar em contato com o Samu”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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