Se o currículo de Margareth Menezes se concentrasse em ser a maior voz por trás dos blocos afros de Salvador, já seria imensa a contribuição da cantora como artista baiana em todo Brasil. Mas a futura Ministra da Cultura, Margareth Menezes, sempre foi mais além.
Margareth é fundadora da ONG Fábrica Social, criada em 2004, com o objetivo de impulsionar e fomentar a cultura local, especialmente na região da Península de Itapagipe, na Cidade Baixa, em Salvador, através do incentivo ao empreendedorismo e do resgate da identidade cultural da Bahia com foco na infância, juventude, famílias e núcleos produtivos da região em três eixos principais: Educação, Cultura e Sustentabilidade.
A ONG idealizou o “Programa Circulando Arte”, que, desde 2004, oferece cursos profissionalizantes para jovens e oficinas de arte-educação para crianças.
A futura ministra também é dirigente do Mercado Iaô, agência de produção cultural atuante na Bahia, além de ser embaixadora da IOV-UNESCO, grupo que visa preservar e fomentar a produção cultural.
Em 2021, Margareth integrou a lista das 100 pessoas negras mais influentes do mundo da Most Influential People of African Descent (MIPAD).
O MIPAD “identifica grandes realizadores de ascendência africana nos setores público e privado de todo o mundo como uma rede progressiva de atores relevantes para se unir no espírito de reconhecimento, justiça e desenvolvimento da África, seu povo no continente e em sua diáspora.”
Nascida no bairro de Boa Viagem, em Salvador, filha de uma costureira e doceira com um motorista, Margareth lançou em 1987 o single “Faraó (Divindade do Egito)” ao lado do cantor Djalma Oliveira e vendeu mais de 100 mil cópias.
Em 1990, o seu álbum Ellegibô chegou ao topo da Billboard World Albums nos EUA e, em 1993, o álbum Kindala foi indicado ao Grammy.
Em 2001, ela lançou o álbum Afropopbrasileiro, e a faixa Dandalunda, composta por Brown, foi eleita como a melhor música do carnaval de 2002.
Em 2003, a cantora gravou o seu primeiro álbum ao vivo, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, o audiovisual foi elogiado pelo Los Angeles Times. Em 2004, o álbum “Ao Vivo no Festival de Verão de Salvador” recebeu críticas positivas do The New York Times, Washington Post e Le Monde. Esse álbum-DVD vendeu mais de cinquenta mil cópias e recebeu o disco de ouro.
Em 2006, com o álbum Pra Você, Margareth foi indicada ao Grammy Latino. No ano seguinte, com o DVD Brasileira ao Vivo: Uma Homenagem ao Samba-Reggae, a cantora foi nomeada em duas categorias do Grammy.
Nesta terça-feira (13), a cantora confirmou que aceitou o convite para assumir o comando do Ministério da Cultura no futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Margareth é a primeira mulher a ser anunciada para equipe ministerial de Lula.
Fonte: Bahia Notícias
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