Fim de ano

Infectologista orienta estabelecimentos comerciais a disponibilizar álcool em gel

Melissa Falcão destacou  a necessidade da adoção de medidas de prevenção, principalmente, no fim de ano, período em que a Covid-19 pode chegar ao seu pico.

restaurante medidas preventivas
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O fim de ano está batendo na porta e com ele temos o início das comemorações de encerramento e início de um novo ano. No entanto, com o aumento das aglomerações que são comuns nesse período, temos também o aumento do contato entre mais pessoas, e essas situações são perfeitas para a proliferação de casos de Covid-19, que já vem apresentando aumento desde novembro. 

O empresário, Tássio Lorran, que gerencia um estabelecimento comercial no ramo alimentício em Feira de Santana, disse ao Acorda Cidade que  desde que foi liberada a abertura dos estabelecimentos comerciais na cidade adotou medidas de prevenção.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“A nossa prioridade é o cliente. A gente disponibiliza, desde o início, luvas para manuseio dos nossos alimentos do buffet e também a máscara, tendo em vista que as pessoas chegam ao buffet e muitas vezes quando estão se servindo, podem falar no celular, conversar, e isso contamina os nossos alimentos, então visando a proteção do nosso cliente, nós adotamos essas medidas, disponibilizando luvas e máscaras para os clientes que estão frequentando o nosso buffet. É uma forma de cuidar um do outro,” contou o empresário. 

Tássio destacou que os clientes observam o cuidado do restaurante e o feedback é sempre positivo.

“Os clientes se sentem seguros em almoçar aqui, em frequentar o nosso restaurante,” disse.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Mesmo após o período de flexibilização do uso de máscaras, o restaurante manteve as medidas preventivas.

“Nós mantivemos o uso da máscara, principalmente, no momento do manuseio dos alimentos. Na movimentação dentro do restaurante nós flexibilizamos o não uso, mas no momento de se servir é crucial a utilização de luvas e máscaras para a proteção dos alimentos, evitando a proliferação de bactérias,” defendeu. 

Tássio disse que o estabelecimento que gerencia disponibiliza máscara, luvas e álcool em gel.

“Nós temos o nosso totem de álcool em gel na entrada e disponibilizamos máscara e luvas para o nosso cliente,” ressaltou.  

A médica infectologista, Melissa Falcão,  informou ao Acorda Cidade que nesse momento, a cidade de Feira de Santana está vivenciando uma nova onda da Covid-19. 

 “Estamos em uma nova onda, mas sem maiores gravidades. Apesar dos casos de Covid não terem a mesma proporção como em ondas anteriores, todas as vidas importam. E junto ao aumento no número de casos virá um aumento no número de internamentos e de mortos, mesmo não tendo a mesma proporção. Então, continua sendo importante a prevenção, porque enquanto uma pessoa tem um quadro leve, sem nenhuma complicação, outra pode ter um quadro mais grave, principalmente, aquelas pessoas que não estão com a vacinação completa ou aquelas que tomaram a última dose há mais de seis meses,” explicou. 

A infectologista ressaltou que o pico da doença pode se estender por conta das comemorações de fim de ano. 

“Existem alguns leitos que foram abertos pelo Estado que estão dando conta, neste momento em que os casos estão complicando, mas ainda não chegamos ao pico dessa onda, é esperado uma média de seis semanas, uma duração mais curta, se levarmos em consideração o que aconteceu em outros países e em estados que começaram mais cedo do que nós, aqui na Bahia. Em São Paulo já começou a ter uma redução e é possível que na próxima semana, próximo ao período de Natal, estaremos no pico e esse pico pode demorar um pouco mais por conta das comemorações de Natal, Ano Novo, aglomerações, mas com isso, não estou dizendo que as pessoas não devem se encontrar com seus familiares no Natal ou não devem festejar com seus familiares na Virada do Ano, eu acho que isso pode ser feito, mas com segurança, as pessoas precisam estar vacinadas e tomarem cuidado,” orientou. 

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Melissa Falcão observou que se a pessoa estiver apresentando algum sintoma gripal é importante realizar o teste para Covid. 

“Se a pessoa estiver apresentando sintoma gripal, mesmo que seja leve, é importante fazer o teste de Covid antes de encontrar com seus pais, avós, para não transmitir a infecção que pode ser mais grave em algum dos seus familiares,” disse. 

Medidas de prevenção

A médica apontou as principais medidas de prevenção que podem ser adotadas.

“A máscara é uma medida bem simples, e que deve ser adotada em ambientes fechados, isso já é obrigatoriedade pelo decreto. Além disso, o uso do álcool gel deve ser estimulado, antes de se alimentar e depois de ter contato físico com outras pessoas, essa é uma medida que continua sendo eficaz. E acho que a principal medida de prevenção é o cuidado, se eu tenho um sintoma, eu não devo expor outras pessoas ao risco, então eu faço um teste para ter certeza se estou ou não com o Covid,” alertou. 

Conforme a infectologista, os testes rápidos de farmácia facilitam a testagem. 

“A pessoa não precisa ir ao hospital, que muitas vezes estará cheio, com muitos pacientes aguardando, então ela pode ir a uma farmácia  e fazer um teste para saber se está positiva ou não para a doença, para que tenha uma segurança maior, evitando a transmissão,” sugeriu. 

Estabelecimentos comerciais podem disponibilizar álcool em gel para seus clientes e colaboradores, destacou a médica. 

“Os estabelecimentos não têm obrigação de fornecer álcool em gel, a obrigação só vem com o decreto, mas eu acho que eles possuem a obrigação moral e de cuidado com aquelas pessoas que visitam o seu estabelecimento. O uso do álcool gel deve ser mantido e disponibilizado nos ambientes. Quando vemos que o ambiente disponibiliza álcool em gel demonstra que se preocupa com o cliente, acho que é uma atitude positiva, por todos os estabelecimentos, alimentares ou não alimentares,” assegurou. 

Resistentes à vacina 

Grande parte das pessoas que estão internadas não completaram o esquema vacinal, observou Melissa. 

“As pessoas que têm as quatro doses da vacina ainda não estão 100% isentas do risco de contrair a doença. Mesmo que eu tenha todas as doses completas, eu não vou me expor aos riscos, principalmente, se a pessoa tiver outras doenças como diabetes, hipertensão. Porém aquelas que têm as quatro doses, o risco de contrair a doença é muito menor comparado com aquelas pessoas que não têm todas as doses,” salientou. 

Vacina segura

Melissa Falcão ressaltou que podemos questionar a eficácia da vacina, mas não a sua segurança. 

“Eu posso pegar a Covid mesmo estando vacinada, porque essas vacinas são de primeira geração, foram criadas na urgência de proteger vidas, e outras vacinas estão sendo trabalhadas e liberadas como agora já tem a vacina de segunda geração, a Bivalente, e já chegou no nosso país e está sendo analisada pelo Ministério da Saúde de como será essa distribuição. A vacina é segura em todas as suas faixas etárias, crianças acima de seis meses, os adultos, idosos, todos eles devem se vacinar e se protegerem,” destacou. 

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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