Foi realizada na noite de ontem (7), no auditório do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), a entrega do troféu ‘Nossa Gente’, organizado pela pedagoga e capoeirista Suely Lima. Em sua primeira edição, o evento homenageou pessoas de vários segmentos da sociedade feirense.
De acordo com a pedagoga e capoeirista Suely Lima, que é idealizadora deste projeto, o objetivo do troféu foi prestar o reconhecimento a pessoas que têm uma contribuição social no município, mas que muitas vezes não são vistas pela sociedade.
“O nosso objetivo maior foi proporcionar momentos maravilhosos com pessoas que estão no anonimato, pessoas que não são visíveis à sociedade, que fazem trabalhos sociais. O troféu leva o nome de Maria Felipa. Ela foi uma mulher preta, guerreira, que participou da nossa independência. O nome do troféu foi em alusão a ela, mas o troféu Nossa Gente é para feirantes, tocadores, instrutores de caratê, mestres de capoeira, cantores, pessoas que trabalham com a cultura e a educação também”, afirmou Suely Lima.
Ela contou que o projeto surgiu em 2020, logo quando iniciou a pandemia.
“Eu pensei em como iria ajudar o meu povo, trazer alegria novamente, e idealizei esse projeto, que estamos construindo e hoje estamos realizando. Homenageamos 27 pessoas de toda a Feira de Santana. E tivemos pessoas maravilhosas que apoiaram o projeto”, comemorou.
A professora Cleonice Andrade, da Creche e Pré-Escola Vovó Marta, no bairro Pedra do Descanso, foi uma das homenageadas com o troféu e destacou a importância da iniciativa.
“Esse troféu significou muito, porque é ser valorizado por um trabalho comunitário, como o próprio troféu já diz: é o Troféu Nossa Gente, com a valorização do trabalho comunitário, do trabalho voluntário que a gente desenvolve. Atendemos muitas crianças que vivem em situação de vulnerabilidade, e estamos fazendo lá um trabalho de formiguinha. Esse já é o quarto troféu que nós recebemos”, informou.
A cantora Márcia Porto também obteve o reconhecimento do seu trabalho como artista local e recebeu o Troféu Nossa Gente.
“É super importante iniciativas como esta, não falo só da questão do reconhecimento, mas da resistência, essas mulheres aqui representadas através da organização do evento tiveram a preocupação de ligar uma coisa super importante: que não é só quem já tem um nome, que tem uma história. Também quem está construindo algo que vai mudar vidas, e qualquer iniciativa sociocultural, que salve vidas, que tire as pessoas da zona de violência, é sempre muito importante para a estrutura social. Então elas estão de parabéns, e foi uma honra estar aqui com essas pessoas que representam cada pedacinho da nossa cidade. Eu espero que o troféu aconteça sempre e se depender de mim e de minha força, ele vai viver, vai crescer e vir com novos frutos”, enfatizou a artista.
Para ela, a cultura em Feira precisa ser mais valorizada e reconhecida. “Eu acho que ainda está muito aquém do que nós merecemos e do que nós podemos. Feira é celeiro artístico riquíssimo em todas as frentes. O que falta é enxergar Feira no potencial que ela é, que ela tem e merece”, salientou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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