Juliana Ferreira de Jesus, filha de Hiláro Carneiro de Jesus, em entrevista ao Acorda Cidade, fez um apelo pela vida do seu pai. Hilário Carneiro estava internado na UPA da Queimadinha, em Feira de Santana, com uma bactéria pulmonar quando foi transferido para o Hospital Professor Carvalho Luz, localizado em Salvador, a fim de tratar a sua condição de saúde. No entanto, o caso do pai de Juliana não se enquadra nas especialidades do hospital, no qual foi transferido.
“Fizeram uma injustiça com o meu pai, desde quinta-feira transferiram ele para esse hospital. Quando cheguei a Salvador vi que era um hospital específico para cirurgias reparadoras, para enxertos, para pessoas que tem doenças crônicas. E não tem nada a ver com o caso do meu pai. No outro dia pela manhã eu pedi regulação para tirar o meu pai daqui,” disse Juliana.
Segundo Juliana Ferreira, seu pai estava com um quadro estável quando deu entrada no hospital Professor Carvalho Luz.
“Meu pai estava bem, estava lúcido, mas começou a ter delírios, porque estava muitos dias dentro do hospital. Quando o meu pai acordou à noite ele recebeu o atendimento de um médico e nem conversaram nada comigo e levaram o meu pai para fazer a ficha. Aí o médico só veio no outro dia, já era outro médico. Umas 10h deram medicação para o meu pai, mas não vi enfermeira aferir a pressão ou tirar saturação do meu pai, sendo que ele estava com cansaço,” relembrou.
A filha de Seu Hilário disse ao Acorda Cidade, que quando o seu pai saiu da UPA da Queimandinha ele não estava mais usando o cateter para ajudar no oxigênio, porque ele estava bem.
“Ele tava sentando, tava pedindo comida. Mas quando o meu pai acordou umas 23h30, dizendo que queria ir embora aqui, deram Diazepam para o meu pai. E nesse período ele ficou estranho, pedi as enfermeiras para tirarem a saturação dele, e estava em 70. A partir daí entubaram o meu pai,” relatou.
Juliana contou que o médico e enfermeiros do Hospital, no qual o seu pai encontra-se entubado, relataram que Seu Hilário não era para estar lá.
“Isso foi uma grande negligência da Upa de Feira de Santana, porque a médica que recebeu a regulação ela tinha que ter visto que o hospital não era específico para o meu pai. E o próprio médico e os enfermeiros falaram comigo que meu pai não era para estar aqui. Mandaram meu pai para cá, como se fosse só para dizer que tinham transferido ele, mas agora meu pai está entubado e em estado grave. Meu pai entrou em coma, está entubado precisando de uma UTI Móvel e de uma UTI para ele ser transferido. Já pedi a regulação e faço um apelo às autoridades, porque o caso o meu pai é gravíssimo, e eu preciso tirar meu pai daqui,” concluiu.
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