Dia Nacional do Doador de Sangue: campanha ressalta importância do voluntariado

Em poucos minutos é possível praticar o bem e ajudar a salvar a vida de alguém. Nesta sexta-feira (25), comemora-se o Dia Nacional do Doador de Sangue para evidenciar a importância desse ato de amor e solidariedade ao próximo.

O gerente comercial Diego Antonio Muiños García, de 26 anos, viu na internet uma publicação da unidade do Hemoba, falando sobre a necessidade de renovar o estoque de sangue, que estava bem crítico.

Motivado pela publicação e consciente do seu papel como cidadão, ele se dirigiu ao local na manhã de quinta-feira (24), e pela primeira realizou a doação de sangue.

“Eu vi uma postagem nas redes sociais falando da necessidade, porque o estoque estava crítico, e que muitas pessoas estavam compartilhando, mas poucas de fato estavam vindo fazer a doação. Acho melhor você ter uma atitude do que somente compartilhar”, disse o jovem em entrevista ao Acorda Cidade.

Para o gerente comercial, o processo foi simples e rápido. Ele incentiva toda a população a praticar a ação.

“Foi muito bom, é sempre importante poder ajudar as pessoas. Descobri que posso doar de dois em dois meses, então vou estar sempre vindo. Também é importante divulgar e estimular para que outras pessoas tenham a mesma atitude. O processo é bem simples, tranquilo e não dói, então incentivo todos a virem”, destacou.

Aos 32 anos, o estudante de enfermagem Iuri Silva Ribeiro também doou sangue pela primeira vez. Ele se dirigiu na manhã de ontem ao Hemoba, com a ideia de que poderia salvar vidas.

“Foi a primeira vez que doei sangue, tentei doar outras vezes, mas a correria acabou impedindo que eu fizesse a doação, mas estou aqui por uma causa nobre de salvar vidas. O que me motivou foi a necessidade, quando a gente sabe que tem pessoas que precisam, e a gente tem a possibilidade de fazer a doação, a gente vem de bom coração para ajudar as pessoas que necessitam. As pessoas precisam fazer porque têm que pensar nelas também. Assim como elas doam, pode chegar o dia em que elas irão precisar”, observou.

Conforme Nilza Azevedo, coordenadora administrativa do Hemoba em Feira de Santana, a doação de sangue é algo bem simples.

“A pessoa vem, faz o seu cadastro e vai se colocar à disposição para ser colhido em torno de 410 a 470 ml de sangue. É um ato voluntário, de amor, bondade, que a pessoa faz para com o seu próximo, e em um período de tempo bem curto.”

Ela confirmou que até o início da semana o estoque estava crítico, mas algumas campanhas foram realizadas e a situação melhorou.

“Nosso estoque estava bastante crítico, mas durante essa semana, que é do Doador Voluntário de Sangue, as pessoas têm se mobilizado. A Escola Adventista fez um projeto com os alunos do ensino médio, e na terça e quarta, tivemos um bom movimento, juntamente com algumas pessoas que se mobilizaram para duas crianças que estão internadas no Hospital Estadual da Criança (HEC), e realmente ontem, por exemplo, nós tivemos aqui uma coleta de 90 bolsas de sangue, então esta semana tem surpreendido e nos ajudado bastante”, comemorou.

Por que é importante doar?

“Primeiro, você está salvando vidas. Quando você faz uma doação, se for para uma criança menor, só do concentrado de hemácias você pode salvar quatro bebês ou quatro crianças, mais as plaquetas e o plasma, então a importância é muito grandiosa para a pessoa que está recebendo. E para você que está doando, está dando seu tempo, seu sangue, tudo que você tem. Sangue é vida!”, salientou Nilza Azevedo.

Segundo ela, para se tornar um doador, é preciso estar disposto a se dirigir à unidade do Hemoba, estar saudável, além de não ter tido sintomas nos últimos 8 dias, como febre, diarreia, sintomas gripais, histórico de covid ou contato com alguém que teve a doença e não possuir nenhum tipo de doença transmitida pelo sangue.

“Infelizmente, nós ainda precisamos mais da solidariedade do feirense. O que nós observamos é que as pessoas se mobilizam mais quando tem alguém hospitalizado, que vem fazer a sua doação. Mas nós precisamos de muito mais do que isso. Precisamos que as pessoas se prontifiquem a vir à nossa unidade para que possamos ter estoque suficiente, estratégico, para ajudar e fornecer sangue para momentos críticos. Temos que lembrar que temos dois hospitais grandes, de urgência e emergência, que é o Hospital da Criança, o Hospital Clériston Andrade e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Clériston, que tem uma demanda grande de sangue, e essas pessoas chegam pela emergência, e a gente precisa ter o estoque. Então o que nós precisamos é justamente que as pessoas venham antes de haja necessidade”, destacou.