Foi aprovado na manhã desta terça-feira (22), na Câmara de Vereadores, o projeto de suplementação no valor de R$ 15 milhões para a Fundação Hospitalar de Feira de Santana.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o vereador José Carneiro Rocha (MDB) informou que o pedido de suplementação era de R$ 23 milhões, mas por 10 votos contra, o valor foi reduzido para R$ 15 milhões.
“A Câmara Municipal recebeu o projeto do governo municipal solicitando uma suplementação de R$ 23 milhões, e a oposição entendeu que deveria diminuir para R$ 15 milhões. Foi votado, discutido, foram nove votos favoráveis e 10 votos contra a emenda. Os votos foram vencidos, e o governo tem que fazer das tripas coração para adaptar-se aos R$ 15 milhões que a Câmara autorizou”, disse.
Ainda de acordo com o vereador, a Comissão de Saúde esteve na unidade e, de forma equivocada, entendeu que os R$ 15 milhões poderiam resolver.
“A gente tem informações da própria presidente da fundação hospitalar, a senhora Gilbert Lucas, de que o necessário seria exatamente os R$ 23 milhões, mas a Comissão de Saúde esteve lá e, de forma equivocada, interpretou que Gilbert Lucas teria dito que R$ 15 milhões resolviam, e não foi verdade. Pelo menos, o que ela me passou é que inicialmente R$ 15 milhões resolveriam o problema, mas nós temos ainda cerca de 40 dias para poder concluir o mês de dezembro”, explicou.
Ao Acorda Cidade, o vereador Jhonatas Monteiro (Psol) explicou que este foi um dos vários pedidos de suplementação do governo municipal. Segundo ele, existem propostas que não podem ser aprovadas.
“São vários pedidos de suplementação, embora se tenha noticiado como um único pedido. Mas existem pedidos com situações muito diferentes, porque sabemos que existem pedidos que são pacíficos e que devem ser aprovados, mas outros não. Temos aí a problemática do viaduto da Cidade Nova, que foi um imprevisto, agora com a questão da Fundação Hospitalar, então isso tem o nosso voto favorável, mas existem coisas que não, como por exemplo, o pedido de suplementação com a finalidade de pegar o dinheiro dos precatórios do Fundef, que é do professorado, para ser aplicado em outro lugar, isso já não possui o nosso voto favorável”, contou.
Segundo o vereador Ivamberg Lima (PT), dois pedidos de suplementação foram aprovados na manhã desta terça.
“Os pedidos de suplementação chegaram aqui nesta Casa e nós começamos a estudá-los, coisa que não acontecia historicamente aqui na cidade. Se não estou enganado, nós aprovamos dois pedidos hoje: um da Sedeso, que é recurso federal no valor de R$ 819 mil, e o outro da saúde lá para a Fundação Hospitalar no valor de R$ 15 milhões. Amanhã continuaremos apreciando os demais projetos de suplementação que chegaram aqui nesta Casa”, afirmou.
O vereador aproveitou para enfatizar que não foi preciso aprovar pedido de suplementação para que os funcionários das policlínicas pudessem receber os salários.
“Hoje eu falei na tribuna que o pessoal da policlínica já recebeu, e nem aprovamos o pedido de suplementação. Isso quer dizer que existia dinheiro. O que a gente observa é o grande número de pessoas que trabalharam de forma temporária nessa eleição, acredito que isso não estava programado, não estava na previsão e a folha de pagamento inchou”, disse.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade