O município de Feira de Santana já notificou 1.088 casos de dengue em 2022, conforme o último boletim da Vigilância Epidemiológica, do dia 4 de novembro. Do total, foram confirmados 135 casos da doença, sendo 22 com sinais de alarme e 1 paciente grave.
Já com relação à Chikungunya, foram notificados 253 casos no total: 47 confirmados, 121 descartados e 85 em investigação. A zika, por sua vez, teve 25 notificações, sendo 4 destas confirmadas, 14 descartadas e 7 em investigação.
Como forma de conscientizar a população acerca da doença e outras transmitidas pelo Aedes Aegipty, foi instituído neste sábado (19) o Dia Nacional de Combate à Dengue.
De acordo com a bióloga Sintia Sacramento, coordenadora do Centro de Endemias de Feira de Santana, muitas notificações de dengue ainda estão em investigação (230 casos suspeitos). Além disso, nos últimos meses, houve um agravamento da doença provocado por novos vírus, como o Cosmopolita, que teve seis casos confirmados.
“Nós tivemos dois anos de covid, que ofuscou muito a questão da dengue, que sempre existiu, só que ela foi subnotificada. E como a houve uma diminuição da covid, estamos novamente observando a questão da dengue e agora estamos tendo um agravamento por causa de novos vírus da doença. Estamos em um ano epidêmico”, ressaltou a coordenadora do Centro de Endemias.
Os bairros com maior número de notificações de dengue são Campo Limpo (66), George Américo (51) e Tomba (51). Já entre os distritos, Humildes lidera com 75 casos notificados, seguido por Maria Quitéria (22) e Matinha (12).
“A gente sabe que o acúmulo de água parada é o principal fator para atrair as fêmeas para colocar os ovos e o quantitativo de mosquitos e a circulação do vírus são o que disseminam a doença. Nossas casas estão expostas, o mosquito é muito pequeno e em qualquer acúmulo de água a fêmea pode colocar os seus ovos, então até mesmo uma cadeira de plástico pode acumular água.
Segundo Síntia Sacramento, o Dia Nacional de Combate à Dengue foi estabelecido pela lei federal 12.235/2010. A data motivou diversas ações pelo Centro de Endemias com o objetivo de chamar a atenção da população acerca da prevenção contra o mosquito transmissor.
“Durante a semana, fizemos algumas atividades, então tivemos uma caminhada no Tomba, fizemos blitz na Getúlio Vargas, as agentes estão sempre nos bairros e no Shopping Popular distribuindo panfletos. E neste sábado estaremos com vários parceiros divulgando nas redes sociais esta ação de que todos devemos observar nossas casas, uma divulgação ampla para que as pessoas possam em casa ajudar limpando seus quintais e calhas, para não acumularem essa água”, explicou.
Conforme a bióloga, a dengue não escolhe quem vai ser picado. “Todos estamos suscetíveis, e a doença em Feira de Santana está em todos os bairros, então não tem uma população específica, mas a gente sabe que os casos que estão tendo de hospitalização são de adolescentes e crianças, visto que é uma geração nova, que ainda não foi acometida por nenhum desses vírus e agora com a nova cosmopolita passam a ser um alvo maior. O cosmopolita é uma evolução que o vírus teve do sorotipo 2, ele acaba sendo mais disseminado, porque a população ainda não pegou. A dengue pode matar de forma rápida e silenciosa. E se não houver a hidratação adequada do paciente pode sim levar à morte.”
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram