Se os Jogos Pan-Americanos são considerados uma espécie de prévia da Olimpíada, é hora de fazer uma análise sobre quais as perspectivas de cada país para os Jogos de Londres, no ano que vem. E, independente da força e da forma de cada um de seus atletas, o Brasil já sabe que não poderá contar com 14,5% dos 48 ouros conquistados em Guadalajara.
O motivo é bem simples: tais provas não constam no programa da disputa inglesa.
Enquadram-se nesta categoria três classes de vela (J24, Sunfish e Snipe), o caratê, a patinação artística e duas modalidades da ginástica rítmica (prova por equipes de cinco bolas e de três fitas e dois arcos) – neste último caso, as brasileiras já teriam perdido a chance mesmo se as disputas fossem realizadas em Londres, uma vez que a seleção não possui mais chances de classificação para os Jogos.
Dentre os quatro primeiros países do quadro de medalhas, apenas Cuba aparece em situação tranquila neste aspecto. Dos 58 títulos obtidos pelos caribenhos no México, apenas um não poderá ser repetido de forma alguma no ano que vem: o da dupla Fernandez/Perez, vitoriosa na disputa dos 36m com bola de couro no frontón, ou pelota basca.
Exótico para brasileiros, o frontón deu um grande impulso aos donos da casa, que possuem nada menos que 17 de seus 42 ouros oriundos de provas não olímpicas. Somente no caso do frontón foram cinco ouros, mesmo número do raquetebol. O squash também aparece com destaque nesta lista, já que rendeu quatro subidas ao ponto mais alto do pódio aos mexicanos.
Maiores medalhistas do Pan com folga, os Estados Unidos obtiveram 75 de seus 92 ouros em modalidades olímpicas. Entre os que não poderão levar o país ao pódio na Inglaterra estão os atletas do boliche e do esqui aquático. Só nestes dois esportes, foram nove primeiros lugares obtidos em Guadalajara.
Veja as medalhas conquistadas pelos melhores países do Pan que não poderão ser repetidas em Londres:
Brasil – Sete: duas na ginástica rítmica (cinco bolas; três fitas e dois arcos), uma no caratê (categoria até 68 kg feminina), patinação artística masculina e três classes da vela (J24, Sunfish e Snipe)
Cuba – Uma: frontón (pelota basca), categoria 36m com bola de couro.
Estados Unidos – 17: três no boliche, duas na esgrima (sabre por equipes feminino e espada por equipes masculino), seis no esqui aquático, duas na ginástica rítmica (individual bola e individual fita), uma no caratê, uma no raquetebol, uma no remo (skiff simples peso leve) e uma no softball
México – 17: cinco no frontón (pelota basca), duas na ginástica rítmica (individual no arco e nas maças), uma no caratê, cinco no raquetebol e quatro no squash. As informações são do R7.