Feira de Santana

Operador denuncia falta de materiais e longa espera para cirurgia de parente no HGCA

Com a demora, ele teme que a sogra contraia algum tipo de infecção no local, por se tratar de uma pessoa idosa.

Fachada do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA)
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

O operador de máquinas George da Costa Santos está com a sogra, Francisca Pereira dos Santos, 63 anos, internada há mais de um mês no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) em Feira de Santana, aguardando por uma cirurgia no joelho.

De acordo com o genro, em entrevista ao Acorda Cidade, a paciente sofreu um atropelamento causado por uma motocicleta em São Gonçalo dos Campos, cidade onde mora, e necessita passar pelo procedimento, porém não tem previsão de quando isso deve acontecer.

Outra situação relatada pelo operador é que funcionários do hospital alegam falta de materiais para realizar a cirurgia e dão prioridade, segundo ele, a atendimentos mais graves. Com a demora, ele teme que a sogra contraia algum tipo de infecção no local, por se tratar de uma pessoa idosa.

Operador de máquinas denuncia falta de materiais no HGCA e longa espera por cirurgia de sogra internada
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

“Minha sogra está internada aqui há mais de um mês. Eles relatam que ela está na lista de espera, que está sem material e o médico está fazendo outras cirurgias de emergência, porque eles dão prioridade às fraturas expostas e outros que estão chegando, sendo que ela é uma senhora de idade, fica estressada e não quer se alimentar. Eu quero solicitar mais urgência, porque essa senhora pode pegar uma infecção aqui. Não só ela, como outras pessoas que estão aqui já há mais de um mês, e nada é feito. A alegação do hospital é que não tem material, que está chegando, já marcaram a cirurgia dela duas vezes, mas nunca faz, porque estavam na sala de cirurgia fazendo outras. Eles não informam qual o tipo de material que está faltando, só pedem para aguardar”, reclamou o acompanhante.

George da Costa Santos destacou ainda que por conta da demora, a família precisa se revezar e faltar ao trabalho.

“Isso já tem mais de um mês, ela sofreu um acidente de moto, e isso sobrecarrega a gente, que tem que trabalhar e tem que pagar alguém para ficar tomando conta dela. Só falam que vão fazer, já marcaram duas vezes, mas sempre é adiada. A gente fica aqui se revezando, eu, minha esposa e meu cunhado, sendo que todos trabalham, e se ela estivesse em casa a gente cuidaria mais dela. Ela mora em São Gonçalo, e o acidente foi lá. Ela fica estressada, impaciente, o açúcar e a pressão sobem, porque já não aguenta mais, pois está há mais de um mês aqui, sem previsão”, alegou.

O Acorda Cidade entrou em contato com o Hospital Geral Clériston Andrade, que através do diretor-médico, informou que o procedimento cirúrgico já está marcado para a próxima semana, e enviou a seguinte nota:

Assessoria de comunicação do Hospital Clériston Andrade informou que não está faltando material na unidade, e informou que esta informação não é verdade. Segundo a coordenação de ortopedia da unidade, o que existe é uma demanda acima da capacidade da unidade. Essa demanda só cresce, embora todos os dias pacientes de ortopedia sejam operados. Em relação às idosas citadas na denúncia, existe um outro agravante: a necessidade de uma vaga de UTI, para quando elas realizarem a cirurgia. Por determinação do Ministério da Saúde, o idoso precisa ter esse suporte preparado caso tenha alguma intercorrência durante a cirurgia.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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