A votação sobre os pedidos de suplementação orçamentária do poder executivo, que estavam pautadas para a sessão desta quinta-feira (17), na Câmara de Vereadores, foi adiada mais uma vez, e deverá acontecer na próxima terça-feira (22).
O adiamento ocorreu após uma reunião entre o presidente da Casa Legislativa, o vereador Fernando Torres, e os vereadores da bancada governista, que apoiam a suplementação.
O encontro, a portas fechadas, gerou comentários e desconfianças da oposição e o grupo dos independentes, sobre os motivos pelos quais não foram convocados a participar das conversas.
De acordo com o vereador José Carneiro, que faz parte do governo, a atitude de Fernando Torres demonstrou maturidade.
“O presidente está usando de maturidade. Ele se reuniu com a bancada governista porque ela apoia e quer que seja votada com uma certa urgência a suplementação orçamentária, enquanto os demais que não foram convocados, que é o grupo dos oito e a oposição, ainda não têm uma posição definida se votam favorável. Acho até que o fato de não estar sendo pautado, perante a população, quem está ‘pagando o pato’ é a mesa diretiva, que não pauta o projeto, então Fernando percebeu isso, e ele não é culpado sozinho, que sozinho não aprova. Então do meu ponto de vista, Fernando foi feliz na iniciativa de mostrar a necessidade de aprovar essa suplementação orçamentária”, afirmou José Carneiro.
Na opinião do parlamentar, os vereadores estão prejudicando a população por não votarem a suplementação orçamentária.
“Nós podemos fazer oposição ao governo, mas não podemos, não temos o direito de prejudicar o povo, nem a cidade. Colbert não é candidato mais a nada, ele já disse isso na imprensa. Então se querem prejudicar o governo, que façam sem prejudicar a população de Feira de Santana, então é isso que nós queremos. Aconteceu que a gente entende que a suplementação tem que ser votada. Acredito que na terça-feira, na próxima sessão, estará incluso na pauta esses pedidos de suplementação. A votação poderia ser hoje, mas ainda há muita divergência, e a gente entende que a conciliação seria muito importante, que o diálogo neste momento é fundamental. Tenho conversado com os vereadores da oposição e os independentes, mostrando que neste caso específico não é uma questão de Colbert Martins, é uma questão do governo, que está neste momento sendo prejudicado, mas quem está pagando o pato é o povo”, argumentou.
O vereador lembrou que, caso não seja aprovado o remanejamento de recursos entre as secretarias, o Hospital da Mulher poderá enfrentar dificuldades para comprar materiais essenciais e até mesmo oxigênio para os pacientes.
“Sem essa suplementação, pode faltar oxigênio, luvas, medicamentos, e se uma mulher parturiente morrer por falta de materiais, quem irá ser responsabilizado? A questão é somente esta. É bom que o povo entenda que o pedido de suplementação é tirar o dinheiro de uma conta para botar em outra”, reiterou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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