Entre os dias 17 e 20 de novembro, o Conselho Quilombola de Itacaré, em parceria com a Prefeitura Municipal, promoverá o 3º Festival de Cultura Quilombola, um dos acontecimentos mais importantes e tradicionais do município.
O evento irá reunir, no Centro Cultural Porto de Trás, que fica na Praça São Miguel, as comunidades quilombolas de Fôjo, João Rodrigues, Santo Amaro, Oitizeiro, Porto de Trás e Serra de Água, que são certificadas pela Fundação Cultural Palmares, em Itacaré, um órgão público vinculado ao Ministério da Cidadania, e responsável pela manutenção e preservação do patrimônio cultural quilombola.
Participarão ainda do festival o Conselho Quilombola do Baixo Sul e Litoral Sul e de diversas comunidades, que ficam nestas regiões, e de toda a comunidade e os colégios itacareenses.
O 3º Festival de Cultura Quilombola apresentará rodas de conversa e debates, palestras, ensinamentos dos mais antigos, café da manhã e almoço quilombola, feira da agricultura quilombola, desfile da beleza quilombola, oficinas, apresentações culturais, culinária tradicional, além de muita música e samba duro e roda das comunidades.
O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, explica que a última edição do festival aconteceu em 2015. “Com muita garra, dedicação e apoio vamos realizar a terceira edição do encontro, que entrará para o calendário de eventos do município”, anuncia.
Mais informações e programação completa em: https://itacare.ba.gov.br/
Os Quilombolas
A palavra quilombo origina-se do termo kilombo, presente no idioma dos povos Bantu, originários de Angola, e significa local de pouso ou acampamento. Os povos da África Ocidental eram, antes da chegada dos colonizadores europeus, essencialmente nômades, e os locais de acampamento eram utilizados para repouso em longas viagens. No Brasil Colonial, a palavra foi adaptada para designar o local de refúgio dos escravos fugitivos. Quilombola é a pessoa que habita o quilombo.
Quilombolas são os descendentes e remanescentes de comunidades formadas por escravizados fugitivos (os quilombos), entre o século XVI e o ano de 1888 (quando houve a abolição da escravatura), no Brasil. Atualmente as comunidades quilombolas estão presentes em todo o território brasileiro, e nelas se encontra uma rica cultura, baseada na ancestralidade negra, indígena e branca. No entanto, os quilombolas sofrem com a dificuldade no acesso à saúde e à educação.
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