Na última quinta-feira (10), o atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Queimadinha, em Feira de Santana, foi restringido por falta de pagamento aos trabalhadores.
Mediante o pagamento feito, o atendimento foi normalizado na manhã desta segunda-feira (14).
Mas o problema persiste na UPA do bairro Mangabeira, e a unidade também restringiu o atendimento.
Em entrevista ao Acorda Cidade, uma funcionária que preferiu não se identificar informou que houve uma reunião no dia 7 de novembro, onde um acordo foi feito para realizar o pagamento, mas isso não aconteceu.
“Nós restringimos o atendimento na última sexta-feira, dia 11, até porque na segunda, dia 7, teve uma reunião, e nessa reunião já tínhamos tomado essa atitude de restringir, porque no próximo dia 20, é fechamento de folha e irá completar três meses que estamos sem receber os nossos salários. Essa situação foi passada para a diretora, ela nos solicitou que não fosse restringido, porque já tinha acontecido uma reunião com o Sindsaúde junto com a empresa responsável pela unidade. Ficou acordado que o pagamento seria feito até o dia 16. A verba caiu, e apenas os servidores do Parque Ipê, George Américo e São José, receberam, e a gente não recebeu nada”, pontuou.
Ainda de acordo com a funcionária, um grupo em aplicativo de mensagens foi criado para arrecadar doações.
“Nós buscamos informações com a diretoria e foi nos passado que a verba que caiu não daria para pagar a todos os servidores. Estamos sendo prejudicados, criamos um grupo para arrecadar alimentos, porque todo mundo está sem dinheiro, tem gente que está sendo despejado da residência, energia cortada e a gente continua sem dinheiro. A empresa continua alegando que não houve repasse por parte da prefeitura, mas o questionamento é o seguinte: o que está implicando para isso? Depende de alguma Lei Orçamentária? Porque a empresa deixou bem claro que o pagamento seria feito com recursos próprios e agora está jogando a responsabilidade para a prefeitura”, questionou.
Segundo a funcionária, os pacientes atendidos são aqueles que se encaixam no risco Amarelo ou Vermelho.
“Os médicos estão aqui na UPA realizando os atendimentos, mas até eles estão com os salários atrasados. Com essa restrição, nós vamos atender apenas pacientes que estejam classificados em Amarelo ou Vermelho, que são pacientes com risco de morte. Na próxima quinta, dia 17, terá uma assembleia e iremos definir se entraremos em greve por tempo indeterminado”, afirmou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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