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Em “O Palhaço”, que estreia no circuito comercial nesta sexta-feira (28), além de dirigir, Selton também interpreta o papel do protagonista, Benjamim, um palhaço de circo que se sente deprimido e começa a questionar se aquela é sua verdadeira vocação.
“Costumam me perguntar se eu passei por uma crise. Na verdade, eu trabalho desde os oito anos de idade – tenho 38, são 30 anos fazendo isso – e eu digo que essa crise eu tenho há 30 anos. Há 30 anos eu acho que eu deveria desistir e há 30 anos eu descubro algo lindo, que me põe pra frente. Eu estou sempre desistindo, não tem a ver com momento em que veio esse filme”, disse Selton.
Uma parte do encanto de “O Palhaço” está na química entre Selton e Paulo José, que interpreta o pai de seu personagem, também palhaço e dono do circo. Os dois são vizinhos no Alto da Gávea, no Rio, e se conhecem desde 1991, quando Selton participou de uma montagem de “Romeu e Julieta” no Tablado, ao lado da filha de Paulo, Ana Kutner, mas nunca tinham trabalhado juntos.
“Tenho muita admiração pelo Selton. Acho o mais talentoso da geração dele. Opera em todas as pontas. Escreve, tem argumento, tem roteiro, tem produção, direção, atua e ainda monta o filme”, elogiou Paulo.
“O Selton finge ser bonzinho, mas tem por dentro um bicho. Ele não é obsessivo, mas é teimoso, determinado. Diretor não tem que ser bonzinho. Diretor bonzinho é uma porcaria. Tem o dever, a obrigação, de ser duro. O Selton é intransigente. Tem que ser”, contou o ator, ao ser questionado sobre como é ser dirigido por Selton. As informações são do Uol Cinema.