Feira de Santana

Dois casos de leishmaniose registrados em Feira este ano

Cães podem ser um reservatório doméstico do parasita.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana identificou dois casos de leishmaniose visceral entre o período de janeiro e outubro deste ano. Popularmente conhecida por “calazar”, é uma doença infecciosa não contagiosa, causada por parasitas que vivem e se multiplicam no interior das células do sistema de defesa do hospedeiro, e pode levar humanos e animais à morte.

De acordo com a enfermeira referência técnica do Programa Municipal de Leishmanioses, Thais Peixoto, os casos estão controlados no município, mas a população deve continuar com os cuidados de prevenção da doença. 

“É de extrema importância estabelecer o diagnóstico diferencial, porque os sintomas da leishmaniose visceral são muito parecidos com os da malária, esquistossomose, doença de Chagas, febre tifóide e etc.”, afirma.

A enfermeira também alerta para a importância do diagnóstico precoce. Se não tratada no tempo certo, pode evoluir para morte em mais de 90% dos casos confirmados.

“A doença é caracterizada pelo aparecimento de febre de longa duração, perda de peso, perda ou diminuição da força física, fraqueza muscular, hepatoesplenomegalia – aumento do tamanho do fígado e do baço – e anemia, dentre outros”, pontuou. 

O diagnóstico e tratamento da leishmaniose para os humanos estão disponíveis em todas as policlínicas e hospitais do município.

Ações de Combate

As ações de vigilância epidemiológica para controle do vetor no munícipio incluem: realização de pesquisa de vetores nas localidades com ocorrência dos casos humanos e caninos confirmados; controle químico (borrifação); exames sorológicos de cães para diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina (LVC); recolhimento dos cães positivos para LVC e realização de eutanásia, mesmo os que não apresentem sinais clínicos, mas apresentem positividade na sorologia.

Prevenção

Mantenha a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer, sendo assim, coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo.

Cuide bem da saúde do seu cão. Ele poderá transformar-se num reservatório doméstico do parasita que será transmitido para pessoas próximas e outros animais não diretamente, mas por meio da picada do mosquito vetor da doença, quando ele se alimenta  do sangue infectado de um hospedeiro e inocula a Leishmania em pessoas ou animais sadios que desenvolvem a doença.

As informações são da Secretaria de Comunicação Social

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