O Partido Novo determinou a imediata suspensão da filiação de João Amoêdo. A sigla não deu detalhes nesta quinta-feira (27) do que teria motivado a medida, mas é adotada após Amoêdo ter anunciado voto em Lula (PT) no segundo turno.
A decisão ocorre após o partido ter se posicionado no dia 3 de outubro contra o PT e o “lulismo”, mas liberado seus filiados a votarem de acordo com sua “consciência” e “princípios partidários”. No dia 17 desse mês, Amoêdo havia declarado seu voto no candidato Lula, do Partido dos Trabalhadores, no segundo turno das eleições presidenciais.
O g1 tenta contato com Amoêdo para comentar o assunto. Segundo o partido informou nesta quinta, por meio de nota divulgada à imprensa, a filiação de Amoêdo foi suspensa enquanto ele é alvo de um processo disciplinar por “possíveis violações estatutárias”.
“O Partido Novo, através da Comissão de Ética Partidária (CEP), decidiu suspender liminarmente a filiação de JOÃO DIONÍSIO FILGUEIRA BARRETO AMOÊDO, até o encerramento do Processo Disciplinar aberto contra ele, por possíveis violações Estatutárias cometidas por ele, com base no art. 21, II combinado com §2º. A Comissão de Ética Partidária (CEP) é o órgão nacional, independente e permanente de apoio à gestão do NOVO e que tem como principal função zelar pela ética e decoro, bem como pela aplicação do Estatuto e normas internas do NOVO, sendo assim o órgão competente para julgar denúncias feitas por nossos filiados”, informa nota divulgada pelo Novo, por meio de sua assessoria de imprensa.
Nas redes sociais, o deputado federal pelo Novo no Rio Grande do Sul, Marcel van Hattem, disse que a Comissão de Ética havia enviado comunicado sobre a suspensão alegando “risco de dano grave e de difícil reparação à imagem e reputação do Novo”.
No segundo turno, Amoêdo, que foi candidato à presidência pelo partido em 2018 e crítico constante dos governos petistas, anunciou apoio a Lula (PT). Na declaração, disse que seu direito de fazer oposição estaria “mais preservado com Lula que com Bolsonaro”.
Após o posicionamento, Amoêdo foi criticado pelo partido. O atual presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, disse que a postura era “vergonhosa”.
No segundo turno, o Novo não se posicionou em apoio a nenhum dos candidatos.
Fonte: G1
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