Os moradores das cidades de Ribeirão do Sul (SP), Alecrim (RS) e Coronel Sapucaia (MS), onde Lula (PT) e Bolsonaro (PL) alcançaram o mesmo número de votos no primeiro turno, mantêm fortes discussões nas redes sociais, mas, “nas ruas”, o clima nesta campanha de segundo turno é mais tranquilo que no ambiente virtual.
O g1 conversou com professores, políticos e moradores das três cidades para mostrar os aspectos que levaram esses locais a terem votação tão polarizada em dois candidatos.
Em Ribeirão do Sul, no interior de São Paulo, foram 1.452 votos para cada candidato, o que representa 47,67% para cada um. A cidade tem 3.804 eleitores aptos, e 3.180 compareceram às urnas para votar.
Na cidade gaúcha de Alecrim, os candidatos também empataram com 2.095 votos cada, o que equivale a 45,98% do total. Do total de 5.475 eleitores aptos, 4.690 compareceram para votar.
A terceira cidade brasileira que registrou empate exato entre Lula e Bolsonaro foi Coronel Sapucaia, em Mato Grosso do Sul. Cada um teve 4.254 votos, e 47,97%. Dos 11.692 de eleitores aptos, 9.200 compareceram para votar.
A disputa acirrada entre Lula e Bolsonaro levou tensão para a convivência entre os moradores de Coronel Sapucaia (MS) principalmente no ambiente virtual. “Vejo muito bate-boca em redes sociais e muita gente perdendo a amizade. É o que pude perceber, tem muitos grupos de família com brigas e discussões”, diz a professora Rosângela Polatha.
“Discutir em redes sociais é constante. Brigas entre famílias também, como em qualquer outra cidade maior. No entanto, está muito mais tranquilo que o primeiro turno. O povo está aguardando o resultado”, diz a professora de sociologia da rede estadual de ensino em Ribeirão do Sul, Ivone da Silva Santos.
Em Alecrim (RS), o professor Alexsandro Pacoff, 33 anos, diz que a convivência com colegas que votam no candidato oposto ao dele é pacífica. “Nas ruas, em que as manifestações são mais tímidas, do que nas redes sociais, onde ‘o pessoal tem mais coragem’, diz Pacoff. “Pessoalmente não presenciei nenhuma agressão, mas nas redes a gente percebe uma agressividade maior”, afirma.
Fonte: G1
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