Nesta quarta-feira (19), é celebrado o Dia do Operador de Caixa, uma profissão que possui a responsabilidade de atender bem os clientes, especialmente aqueles que acabaram de efetuar uma compra, cuidar da abertura e fechamento do caixa, do controle financeiro, de estoque, dentre outras funções.
Ao Acorda Cidade, a operadora de caixa de uma Rede de Supermercados, Melissa Lima, contou como é atuar na profissão.
“Coloquei o currículo e como eu não tinha experiência, fui chamada e entrei como estágio, fazia de tudo. Ficava no caixa, ficava embalando, e com um ano fui efetivada para ser operadora. Uma operadora fica no caixa passando as compras, embala. Quando o colega precisa, dá uma ajuda, se tiver com pouco movimento. Faz a limpeza da frente do setor, para não ficar o tempo todo sentada apenas no caixa”, disse.
Melissa disse que o maior desafio na profissão são alguns clientes difíceis de lidar.
“Às vezes encontramos pessoas um pouco difíceis de lidar, mas sempre têm aqueles clientes que são como anjos enviados na vida da gente, clientes maravilhosos. Tem vezes que o operador não é muito valorizado por alguns clientes, porque sempre tem algum errinho e o cliente acha que o erro é nosso,” relatou.
A operadora Melissa Lima contou ao Acorda Cidade que possui orgulho da sua profissão.
“No decorrer da minha experiência eu fui gostando, porque você aprende a lidar com as pessoas fazemos amizades lidando com boas pessoas. Tenho orgulho da minha profissão. Eu começo às 7h, mas como trabalhamos por escala, às vezes começo às 8h. E como ainda faço curso, eu saio e retorno para o trabalho. Mas a gente vem trabalhar com alegria, com amor pelos colegas, pelo cliente por tudo,” falou.
A operadora de caixa orientou aos seus colegas de trabalho que tenham orgulho de ser operadores.
“Tenham orgulho da sua profissão, trabalhem e façam com amor, porque no decorrer da sua jornada de trabalho você vai encontrar algum cliente que reconhecerá o seu trabalho,” orientou.
Pedro Lucas Santos, morador do bairro Jardim Acácia, contou ao Acorda Cidade que também é operador de caixa há um ano.
“A oportunidade surgiu logo que eu saí do exército, eu estava desempregado. Meses após, meu pai comentou que um conhecido precisava de alguém para trabalhar na empresa dele, que era um Frigorífico e Hortifrúti, e no outro dia fui conversar com o dono dessa empresa que me deu as especificações sobre o que fazer, no dia seguinte fui contratado”, contou.
O operador Pedro Lucas, informou à reportagem do Acorda Cidade que no começo achava que era uma profissão difícil, mas logo tornou-se fácil.
“Logo no começo para mim foi como um bicho de sete cabeças, eu achava que era muito difícil manusear um caixa, além da responsabilidade. Mas com o tempo foi se tornando algo muito fácil e tranquilo. Eu apenas preciso prestar atenção em tudo o que eu faço. E assim que eu entro no caixa eu tenho o dever de me manter atento”, destacou.
Ainda segundo Pedro, é necessário que haja o processo de adaptação dentro de qualquer profissão.
“Muitas vezes temos que nos adaptar a algumas coisas. Por mais que não fosse a profissão que eu mais desejasse, foi a que se encaixou no momento. Então, eu gosto bastante dela, mas se eu tiver a oportunidade de entrar em outra profissão, também entraria tranquilamente. Eu como um caixa faço da melhor forma possível o meu trabalho e gosto bastante, não só pelo trabalho em si, mas também pelas amizades que eu adquiri em meio a esse um ano e um mês que trabalho como operador de caixa”, disse.
Pedro Santos destacou que o profissionalismo e o retorno que recebe das pessoas, é um dos pontos positivos da profissão.
“Não só o profissionalismo aumenta, mas também o tratamento que você recebe de muitas pessoas, além de você conhecer pessoas, você ganha um reconhecimento que te deixa muito feliz. É gratificante, porque as pessoas te tratam bem, porque tratamos elas bem. A gente começa a conhecer os clientes de uma forma diferente e eles percebem que somos pessoas respeitadoras,” relatou.
Para o operador de caixa, os dos grandes desafios encontrados na área, é poder lidar com o público.
“É bastante difícil você lidar com algumas pessoas, porque enquanto você consegue agradar muitas, sempre terá alguma que não vai gostar do seu jeito de falar, do seu jeito de se vestir, muitas pessoas têm o preconceito, que existe em qualquer lugar, não que ocorra isso comigo, mas podemos perceber que em alguns casos o modo de tratamento das pessoas é diferente, por elas estarem na posição de compradoras. E algumas querem tratar a gente de qualquer forma. Em alguns casos podem existir situações de um cliente desvalorizar a pessoa ou tentar diminuí-la, tratando a pessoa de qualquer forma, porque está comprando, mas o caixa como qualquer outro profissional está prestando serviço para uma empresa, está fazendo o seu melhor, e também quer receber um bom tratamento. Eu acho que são em alguns casos que o caixa é desvalorizado, mas isso não deixa de acontecer. Somos profissionais e devemos ser tratados da melhor forma possível, da mesma forma que existe a reciprocidade na qual devemos tratar os clientes da melhor forma possível,” esclareceu.
Pedro Lucas ressaltou a importância de fazermos o melhor, onde quer que se esteja.
“Independente da sua profissão, do que você faz, devemos fazer da melhor forma possível e de coração, sem querer nada em troca, porque as coisas acontecem de uma forma natural, seu reconhecimento acontece de forma natural. Tudo no seu tempo,” frisou.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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